É um musical amável e ingênuo, que nunca foi apreciado pela chamada crítica, mas que me encantou quando o vi pela primeira vez em 1959, em Salvador, aos 8 anos de idade. Visto, saiu de cartaz e somente vim a revê-lo mais de 50 anos depois, quando o localizei numa locadora. Trata-se de Ao sul do pacífico (South Pacific, 1958), de Joshua Logan, musical baseado em montagem teatral de Hammerstein & Rodgers, que fez enorme sucesso na Broadway dos anos 50, que se localiza no coração do Pacífico Sul, e conta uma história de amor entre uma enfermeira da marinha e um fazendeiro francês em paralelo com a paixão de um jovem oficial por uma nativa.
Logan, se não tivesse feito mais filmes, e o fez, já estaria consagrado por Férias de amor (Picnic, 1955), filme que encantou toda uma geração daquela época, com William Holden, Kim Novak, Rossalind Russell, Arthur O'Connell, Susan Strasberg. Tem um pendor para o melodrama, mas melodrama classudo, com finesse, como, por exemplo, Sayonara (1957), com Marlon Brando. Assinalo também Nunca fui santa (Bus stop), com um dos melhores desempenhos de Marilyn Monroe.
No elenco de Ao sul do Pacífico, Rossano Brazzi (Quando floresce o amor/Summertime, de David Lean, A condessa descalça, de Joseph Mankiewicz, O candelabro italiano/Rome adventures, de Delmer Daves, entre muitos outros), Mitzy Gaynor, John Kerr, Ray Walston, Juanita Salão. Custou, para o dólar da época, 6 milhões de dólares, e rendeu 360 milhões.
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