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12 maio 2010

Faculdade 2 de Julho promove lançamento e debates

A coletânea de meus artigos intitulada Escritos sobre Cinema - Trilogia de um tempo crítico será relançada na segunda, dia 17 de maio, às 18 horas, na Faculdade 2 de Julho (Rua Leovigildo Filgueiras) dentro da programação do seu cineclube. A seguir, no mesmo dia, às 19 horas, exibição do documentário A batalha do Chile: a insurreição da burguesia, de Patricio Guzman, seguido de debates, com a presença deste blogueiro, Muniz Ferreira (Ufba), e, como mediador, o Professor Augusto Sá (F2J). Vejam o blog do cineclube: Http://cineemdebatef2j.blogspot.com
Cliquem na imagem para vê-la maior e mais nítida.
O Cineclube Cine em Debate, vinculado ao Colegiado do curso de Comunicação Social da Faculdade 2 de Julho, realiza no próximo dia 17 (segunda-feira) uma sessão especial. O evento começa às 18h com o relançamento da obra Escritos sobre Cinema – Trilogia de um tempo crítico, do professor e crítico de cinema André Setaro, com noite de autógrafos na sala dos professores do referido curso. Às 19h, a atividade prossegue com a exibição do documentário A batalha do Chile: a insurreição da burguesia, do diretor chileno Patricio Guzmán, no auditório Cefas Jatobá. Após o filme, uma mesa composta pelos prof. André Setaro (UFBA) e prof. Muniz Ferreira (UFBA), tendo o prof. Augusto Sá (F2J) como mediador, debaterá com o público presente a obra exibida. A atividade é gratuita e aberta ao público em geral.

10 maio 2010

Do lançamento de meus livros

Soterópolis é um programa cultural apresentado semanalmente (quinta) pela Televisão Educativa da Bahia (Irdeb) dirigido pela dinâmica e buñuelesca Silvana Moura. No vídeo que está aqui, buscado nos campos férteis do You Tube, tem-se uma boa e generosa fatia do programa que foi dedicado ao lançamento de meus mal escritos sobre cinema. Apesar da diretora ser buñuelesca, o programa, infelizmente, não o é. É um bom programa televisivo de jornalismo cultural, que mostra os eventos que acontecem na Bahia. O vídeo em questão tem uma entrevista comigo, feita na Faculdade de Comunicação pouco dias depois do lançamento, e a noite na qual fiquei com a mão esquerda (sou canhoto) doendo de tanto assinar dedicatórias.



A linguagem em chamas


Antonio Conselheiro, taumaturgo do sertão, de José Walter Lima, já é uma realidade. Exibido para uma seleta platéia de poucas almas, o longa já está pronto para exibição. Publico aqui a leitura que fez o cineasta e pesquisador José Umberto. O título do artigo é o que encima este post.
"O sertão vira cinema: quando bate na tela Antônio Conselheiro, taumaturgo do sertão de José Walter Lima. Um filme que invade a veia de sangue e faz sua âncora na praia do coração. O cineasta opta pelo ensaio. A ficcionalização da circunstância histórica é o emblema cuja linguagem se inclina ao plano mítico. E aí a perspectiva do real ganha contornos elípticos de montagem de atração e seus específicos sob a força telúrica da magia que nasce da cultura popular sertaneja. É o barroquismo baiano na expressão de bárbaro em sintonia pictórica com a retórica pastoril. E em sendo, também, o paroxismo da guerra patética com a couraça do misticismo: política e fé.

O cinema de José Walter Lima rompe com o glamour da sociedade de espetáculo. Para mergulhar à fundo numa anti-narrativa que desmistifica a epopéia. Nada de grandiloqüência. Importa tecer o fio das contradições históricas sem recorrer à retórica vazia. Mas sim percorrer o épico-didático similar à espontaneidade da poética de cordel. O mito popular originando-se de um imaginário com o corolário direto da geografia da fome. Num ritmo cinematográfico de abundância metafórica gerada no grito da terra. Uma sinfonia de imagens dodecafônicas brotada na autenticidade do conflito coletivo: a origem do regime republicano sob a sombra em negativo de genocídio.

Um cinema de sensibilidade, à flor da pele. Uma linguagem que não racionaliza o caos social. Nem silencia diante da injustiça. Antônio Conselheiro, taumaturgo do sertão decide-se pela denúncia sem a deselegância do panfleto. Por que acredita no cinema de poesia. José Walter Lima se inquieta com a câmera em espasmo, com uma arquitetura de palavras, com os cortes melódicos, com a sonoridade plástica dum sertão que rompe a moldura da tela cinematográfica. Há qualquer explosão inconformista/instintivo-criadora que aponta para além do horizonte em brasa. Uma forma artística gestada no desejo de expandir o real. E alcançar a fantasmagoria hiperbólica de uma civilização incompleta. De uma comunidade sertaneja incompreendida. De uma vergonha nacional que não se apaga nem com fogo e ferro tampouco com água.

A carpintaria do movimento
Um cinema que só se apreende pela insuperável roda da paixão. Numa sede de comunicar/dialogar sob o signo da iluminação. Onde cada fotograma obedece à alquimia da imaginação como propulsora construtivista. A elaboração da matriz vai à fonte histórico-literária, sobretudo alicerçada no verbo numinoso de Euclides da Cunha e na arqueológica verve ibérica/armorial dos versos cordelescos, para em seguida estruturar-se na carpintaria rítmica da montagem vibratória. E é a partir desse princípio estético de associações, superposições, sinestesias e embates de signos que o filme baiano de José Walter Lima se afirma na muralística dos 24 quadros por segundo. Enquanto o espectador vai sendo tomado pela personalidade mítica do Conselheiro de Canudos (admiravelmente encarnado pelo saudoso ator Carlos Petrovich, numa interpretação que eu diria científico-sentimental insuperável do taumaturgo cearense que sintetiza as perplexidades do oprimido). Esse itinerário cinematográfico exprime a dimensão do sofrimento pautada no êxtase da catarse. Quando então a dor humana recebe a clarividência da purificação: aquela senda incomensurável do “forte” de espírito. O risco fosforescente da História como memória física e como presença da fé. São camadas heróicas, traumáticas e sublimes transubstanciadas na velocidade tempo-espacial do cinema. O lirismo das individualidades e o trágico do coletivo elaborados na alquimia artística primada na fidelidade ao passado com vistas à consciência do presente. Embora se destaque a energia telúrica de um povo que vibra na nervura da caatinga.

O filme apalpa a ferida. Estabelece-se o grau do trauma. O escritor amadurece no front. A política se alimenta da demência ideológica. O militar burocrático-técnico admite a derrota diante da guerrilha ecológica. O sertanejo revela a sua face oculta por trás de uma pirâmide de cactos. O regionalismo desvela o sincretismo pancontinental. E o Brasil se defronta com o abismo. Pois a morte não salva. E então os fantasmas desfilam na tela com a granulação pictórica da fotografia de Vito Diniz que é subliminar da contextualização do conflito civilizatório. Nada de espetacularização. José Walter Lima assume o despojamento da deslinearidade crítica como suporte do autêntico. Rasga-se desse modo o véu do pastiche grotesco em favor da expressão da paisagem autóctone que se elastece brandamente entre a foto de grão e a foto dourada de Pedro Semanovschi. Com o reforço de uma postura de humildade. Num gestual de solidariedade que transcende ao patamar ético.

Um cinema, portanto, comprometido com a alteridade. Já que o Cinema é o Outro.
Vê-se na diferença o respeito ao princípio de igualdade. Sendo Canudos a cidadela de um aceno à integridade: o símbolo da resistência até a última gota de sangue no solo seco e lascado pela ausência da chuva. Antônio Conselheiro, taumaturgo do sertão de José Walter Lima resgata o código de honra de uma comunidade camponesa que soube defender sua fronteira com o pathos do destemor. E o seu discurso evangélico de couro cru, incrustado em hierática autodeterminação e vertical autodisciplina moral, ainda se constitui num desafio à nossa compreensão plena. Persiste um quê de vácuo no significante de sua gestalt analfabeta. Pois o seu estilo de “luta” deixa várias lacunas de dúvida e interrogação. E o filme enfatiza esse mistério, embora sinalize para a nossa cumplicidade diante dos erros acumulados. Canudos insiste com a mácula ou nódoa de caju na alma. Com o desencanto. E a vergonha pelo massacre com degola: o cinema é testemunha.

A fábula do vulcão
A práxis da profecia justaposta à montagem de fotogramas exacerbados. O milenarismo onírico equilibrado na câmera de raiz. Fato dialético paralelo à fenomenologia social. Daí que a linguagem do filme de José Walter Lima embala-se pelo prisma da expansão, na amplidão do universo. Flagrando o ritmo cósmico na latitude do nacional-popular. Numa reflexão, numa respiração, numa transpiração e numa intuição fílmicas aonde se possibilite atingir o núcleo da conflagração do arcaísmo redentor de um cristianismo catecúmeno áspero. Jogo de pontos de vista: o taumaturgo e o cineasta se defrontam em ações simultâneas. Superando-se a subjetividade para o ingresso no macrocosmo do arquétipo. Um vôo rasante na intemporalidade que pinta as rebarbas do alvorecer transcendental da fábula tosca. Com uma energia entrópica que brota do vulcão da coletividade desejante. Esse fogo fátuo incondicional na iminência do êxtase místico. Ou a crescente ânsia da independência em correspondência ao ímpeto sagrado da salvação. São circunstâncias em ebulição contínua: o samsara em transe.
E o cinema, que também é movimento permanente, registra com acuidade o lance meteórico desse peregrino solitário que arrebata a multidão assombrada. Num magnetismo de massa que oscila da exaltação irracional à depressão neurastênica. Num crescendo de confronto entre o sertão e a praia. Ao passo que a visão afasta-se do litoral de coqueiros e se embrenha no interior inóspito de vegetação rala. Desloca-se o eixo em panorâmica cinematográfica que busca frisar o campo inusitado. Enquadra-se então a antiga luminosidade abrupta deixada no céu pelo impacto tenebroso do meteorito de Bendengó na caatinga. Somos envolvidos nessa dinâmica que exige a construção de uma nova linguagem inspirada nos eventos inesperados e insuspeitos. Uma câmera no sertão e todo o sentimento do mundo. Para uma tela que se vislumbra.

09 maio 2010

Salada dominical

1) Nos tempos da minha meninice (anos 50), costumava-se chamar as sessões vespertinas dos cinemas de matinée e as noturnas de soirée. "André vai amanhã à soirée do cine Tamoio com sua prima Guiomar." "Peguei hoje uma matinée superlotada no Pax." A língua francesa tinha uma forte influência e todas escolas do ginásio e do colegial ensinavam-na. As moças bem prendadas sabiam ler e escrever em francês, ainda que poucas o falassem por falta de prática. O inglês também era ensinado, mas poucos os de minha geração que o sabiam. Atualmente, a coisa mudou muito: o inglês é dominante e os jovens sabem o essencial para entender um texto. Na minha época (sim, o termo se aplica), havia o latim obrigatório com aquelas declamações: vocativo, ablativo. Tinha que se saber de cor várias expressões, caso contrário não se passava de ano. Lembro-me de um livro que estudava: Latim no ginásio - o autor, neste momento, escapou de minha memória provecta. Além do aprendizado curricular, entrei na Aliança Francesa e cheguei, modéstia à parte, a ler romances no original: A ilha dos pinguins e A revolta dos anjos, de Anatole France, O vermelho e o negro, de Sthendal, contos de Guy de Maupassant etc. Mas são coisas do arco da velha e que não deveriam estar expostas assim neste blog que puxa mais para o cinema. Creio não estar interessando a ninguém com estas reminescências. Mas já que escrevi, vai assim mesmo neste domingo que não se sabe se vai chover ou fazer sol. De qualquer maneira, há 30 anos que não vou à praia. E já que não vou sair de casa, gostaria que chovesse. É bom se estar em casa a ouvir o barulho da chuva.
2) Se fosse fazer uma lista com os dez melhores filmes (ou vinte, sei lá!) colocaria entre eles Os melhores anos de nossa vida (The best years of our lives, 1946), de William Wyler, cineasta que foi muito criticado pelo pessoal da nouvelle vague, mas que o tenho em alta conta. Wyler também não gostava dos filmes da nouvelle vague e chegou a fazer um broche para colocar em seu paletó com a inscrição: ancien vague. Claro que gosto muito dos filmes da nouvelle vague. Para que fique bem claro: estou me referindo a Wyler. Em Os melhores anos de nossa vida, três soldados retornam da Segunda Grande Guerra: um capitão (Frederic March) torna-se diretor de banco; um piloto de caça (Dana Andrews), barman, que, depois de uma briga, fica desempregado e se apaixona pela filha (Teresa Wright) do colega capitão; O terceiro volta do conflito totalmente mutilado sem os braços. Há um momento muito comovente, e dirigido com a costumeira maestria por Wyler, quando ele vai se encontrar com a antiga namorada que não sabe estar ele mutilado e, quando vai abraça-lo, os cotocos de seus braços se movimentam. Dito assim não se pode fazer nem idéia da carga emotiva desse momento.

3) Os melhores anos de nossas vidas é um retrato sincero da reconversão americana do pós-guerra. Wyler sabe usar com grande eficiência dramática a profundidade de campo - quanto todos os elementos do quadros ficam nítidos, quer sejam os personagens ou objetos em primeiros planos ou os que se encontram no fundo do quadro. A profundidade de campo tem, aqui, em The best years of our lives, um emprego muito bem elaborado, que contribui para a continuidade do tempo sem a necessidade do corte. André Bazin, talvez o maior crítico de cinema de todos os tempos, tinha em alta conta o uso da profundidade de campo - que Orson Welles a utiliza muito bem em seu famoso e idolatrado Cidadão Kane. Considerado um "estilista sem estilo", o fato é que William Wyler era um diretor perfeccionista que possuia uma espécie de varinha de condão para contar uma história cinematograficamente falando.

4) O historiador francês Georges Sadoul, em seu Dicionário de Cinema, destaca momentos excepcionais do filme, como a visita do personagem de Dana Andrews a um cemítério de aviões. A fotografia é do mesmo de Cidadão Kane: Gregg Toland. E aí fica uma interrogação: até que ponto Toland influenciou Orson Welles em relação à profundidade de campo? O mesmo pode ser aplicado a William Wyler.

5) No cast de The best years of our lives, nomes que estão esquecidos da nova geração, mas dentro da memória dos antigos cinéfilos: Frederic March, Dana Andrews, Teresa Wright, Mirna Loy, Virginia Mayo, entre outros. Quem encontrar nas locadoras Os melhores anos de nossa vida, faça o seguinte: esqueça o que foi buscar e o alugue com urgência. Urgência para o encantamento e a visão do grande cinema, do cinema daquilo que Truffaut chamava de cinema do grande segrêdo. Sidney Lumet, um diretor de completo domínio formal de seu meio de expressão, disse que Os melhores anos de nossas vidas é o seu filme preferido.

6) Lendo sobre a diva Jeanne Moreau vim a saber que ela foi casada, em 1977, com William Friedkin, o celebrado diretor de Operação França, Jade, Viver e morrer em Los Angeles, O exorcista, entre outros. Moreau tem, agora, 82 aninhos (ó tempo, suspende o teu voo!). Mas, diz a lenda, tinha casos com os diretores com os quais trabalhava: Louis Malle, Truffaut, e mais. Foi casada por um tempo com o cineasta Jean-Louis Richard e, com ele dirigindo, fez O corpo de Diana. Orson Welles não parava de dizer que Jeanne Moreau, para ele, era a maior atriz do mundo. Não sabia também (e, na verdade, não sei de nada) que foi escolhida para interpretar Varínia em Spartacus, mas desistiu de última hora sendo substituída por Jean Simmons. Apesar do fascínio que tenho por La Moreau, acho que sua desistência foi boa para Spartacus, porque Jean Simmons está perfeita e insubstituível no papel.

7) Vi ontem na Tv Cult A senhora e seus maridos (What a Way to Go!, 1964), de J. Lee Thompson, uma comédia bem típica da década de 60, com a adorável Shirley MacLaine. Ela faz uma mulher que, quando se casa, tem o estigma de fazer o sucesso de seu marido para, em seguida, este sofrer um acidente e morrer, ficando ela com toda a fortuna. Mas, na verdade, o que ela realmente deseja é ter uma vida simples, criar galinhas, morar num fazenda, tirar leite de vaca todas as manhãs. Primeiro contrai matrimonio com Dick Van Dyke, depois com Paul Newman (um pintor abstracionista parisiense com usa vários guindastes para pintar seus quadros). Em seguida, Robert Mitchum, um tycoon, milionário, que morre também, até que encontra um fracassado dançarino, Gene Kelly, que termina por conquistar o sucesso e fama, virando celebridade e, por isso, tropeçando na Implacável. No final, resta o seu eterno apaixonado Dean Martin, que termina por se casar com ela para acabar seus dias entre galinhas e vacas. Interessante que, para cada casamento, é imaginado um estilo de representação cinematográfica: com Van Dyke, o cinema mudo, com Newman, o realismo poético francês, com Mitchum, a sophisticated comedy exagerada, com Kelly, o musical. J. Lee Thompson não é um diretor tão incompetente como gostam de dizer dele. Tem, aqui, por exemplo, um bom momento. Claro que o filme seria outro se tivesse sido dirigido por Billy Wilder.
8) Quincas Berro D'Água, que se encontra prestes a ser lançado, seria um filme baiano, como estão a dizer alguns? Apesar do diretor, Sérgio Machado, ser um baiano, o filme, no entanto, não o é. É, na verdade, uma produção carioca, um filme global para ser mais explícito. Mas, com isso, não estou a fazer aqui um juízo de valor sobre a obra, que, inclusive, nem a vi. Wilson Mello, que viveu a vida toda Quincas no teatro, foi substituído por Paulo José, um excelente ator, um patrimônio brasileiro das artes cênicas, mas não tão exato nem com um physique du rôle como o de Mello. Acontece que Paulo José é um ator global e Wilson não o é. Eis a grande diferença. Não se trata, portanto, de talento, mas de audiência. Aproveitou-se, isso sim, em Quincas Berro D'Água o décor baiano. Mas, infelizmente, é a única maneira de tornar o filme rentável, isto é, contando com um esquema de distribuição garantido. Os filmes genuinamente baianos, prontos e acabados, não conseguem ser exibidos. E nem andam a circular em festivais. O que é, por exemplo, de Pau Brasil, de Fernando Bélens, que ainda não conseguiu ser apresentado comercialmente nem na Bahia, sua terra natal? Algumas pessoas que já viram Quincas reagiram bem ao espetáculo. Resta saber, entretanto, se estas pessoas possuem realmente consciência do que é o cinema.

9) Muitos dos leitores deste blog não sabem que possuo um outro: Momentos da arte do filme no qual edito vídeos tirados do You Tube que mostram alguns trechos de filmes sublimes da história do cinema. A sublimidade, no caso, depende do receptor. Alguns, mais aguerridos à contemporaneidade, podem achar que as cenas expostas são de velharias. Na verdade, trata-se de momentos antológicos para o cinéfilo que sou. Antes de me considerar um comentarista ou, mesmo, um crítico, sou, acima de tudo, um cinéfilo, um amante do bom cinema. Não procuro neste os temas nobres, mas a poesia que dele emana através de procedimentos essencialmente cinematográficos. Não comungo com os avatares da sociedade contemporânea. Aprecio os filmes com engenho e arte e, falar a verdade, no cinema atual, ainda que mais de 90% sejam consituídos de lixo cultural, há filmes bons e verdadeiros, a exemplo dos feitos por Clint Eatwood, os fratelli Coen, Paul-Thomas Anderson, Alain Resnais, Sidney Lumet, Michael Mann, William Friedkin, Quentin Tarantino, Pedro Almodóvar, James Gray, Brian De Palma, entre tantos outros. Sim, mas ia esquecendo do link do meu outro blog citado: