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14 fevereiro 2010

O primeiro filme de Rogério Sganzerla

Documentário é o primeiro filme de Rogério Sganzerla, um curta em torno de 10 minutos, realizado em 1966, já revelador de um estilo que colocou em prática principalmente no explosivo O bandido da luz vermelha, dois anos depois, em 1968 (que é um dos mais fascinantes filmes da história do cinema brasileiro em todos os tempos). Dois rapazes (um deles, Andrea Tonnacci, que se tornaria um dos nomes mais importantes do chamado cinema marginal - Bang Bang e, há alguns anos, realizou o premiado Serras da desordem), na capital paulista, andam pelas suas ruas à procura de algo para fazer. Durante o trajeto, conversam bastante sobre os mais variados asuntos, principalmente de cinema. Enquanto isso, cartazes de filmes vão sendo mostrados como as fachadas das mais sensacionalistas salas de exibição de SP. Nunca tinha visto este filme que inicia o autor de O bandido da luz vermelha nas imagens em movimento. A oportunidade surgiu agora via You Tube.

Contrariando as normas tácitas deste blog, que não costumar postar vídeos, os quais são mostrados em outro blog de minha autoria (Momentos da arte do filme/ http://setaroandreolivieri.blogspot.com/), faço aqui, com Documentário, uma exceção pela raridade do filme.



3 comentários:

Jonga Olivieri disse...

O reflexo de uma época.
Por coincidência morei em Sampa em 1969/70. Quer dizer, apenas três anos após.
E era isso mesmo. Aquela geração meio "perdida" atrás do que fazer. lembro de minhas andanças como o Menezes pelo centro de SP atrás do que fazer, dividindo uma feijoada de sábado num restaurante na avenida São Luis. Caramba!
Falar nisto, o filme tem um quê de perâmbulo paulistano.
E o final, quando entra aquele jazz na surdina me lembra os filmes italainos da época.
Maravilhoso!

Vlademir disse...

Esse curta está disponível nos extras do excelente dvd de O Bandido da Luz Vermelha lançado pela Versátil.

Romero Azevêdo disse...

Já conhecia essa pequena obra-prima( é um dos extras do DVD "Sem essa Aranha"). O título é genial e originalíssimo posto que o tempo transformou o curta num verdadeiro documentário de uma época.