Seguidores

08 julho 2009

Leonel Mattos a 24 quadros por segundo

Tuna Espinheira não é um realizador que gosta de dormir de touca. Embora sempre a enfrentar imensas dificuldades para concretizar seus projetos (a luta pela continuidade de exibição de Cascalho ainda continua), acaba de realizar um novo documentário, Leonel Mattos a 24 quadros por segundo. Recebi um release sobre o filme, que transcrevo ipsis literis:

"Leonel Mattos a 24 quadros por segundo é o mais novo documentário do cineasta Tuna Espinheira, que durante dez minutos narra a trajetória artística do artista plástico baiano Leonel Mattos.

O projeto foi premiado em concurso do Ministério da Cultura (MINC), e realizado por uma equipe 100% baiana: produção executiva: Yara Maria Espinheira;
direção de fotografia: Claude Santos; operador de câmera: Roque Araújo;
direção de arte: Lígia Aguiar; projeto gráfico: Davi Caramelo; montagem: Claude Santos/Tuna Espinheira; edição: Claude Santos; narração: Maria Rosa Espinheira; trilha musical: Aderbal Duarte; roteiro, texto e direção: Tuna Espinheira; assistente de direção: Mônica Bahia.
O filme foi rodado em diversas locações da cidade de Salvador, como Boca do Rio, Monte Serrat, Museu de Arte Moderna da Bahia, (MAM), nas praças da Piedade e Campo Grande, Feira de São Joaquim entre outras.
Esta não é a primeira vez que o diretor do longa-metragem Cascalho - lançado neste ano em Salvador e Feira de Santana - explora o mundo das artes plásticas. O artista Bel Borba foi o personagem do curta-metragem O Bruxo Bel Borba, produzido no ano de 2000 e vencedor do XI Cine Ceará (Fortaleza).
Sobre o Artista
Leonel Mattos é uma das mais singulares expressões das artes plásticas da Bahia, com contundente repercussão fora do seu Estado e além das fronteiras do país.

No currículo, inúmeras exposições em Galerias, Salões de Arte, Bienais e Mostras diversas. Artista premiado e reconhecido pelos bons nomes da Crítica Especializada, como Ferreira Gullar, Radha Abramo, Olívio Tavares de Araújo, Matilde Matos, Olney Kruse, são alguns dos nomes de peso que, já analisaram, com entusiasmo, a sua obra.

Antenado com o seu tempo, jamais se contentou apenas com o pincel e o cavalete. Embrenhou-se no aprendizado das diversas técnicas que a sua arte permite: Intervenções urbanas, instalações, esculturas, etc.
Levado, compulsoriamente, pela sua natureza impulsiva, irrequieta, foi um dos primeiros, ao lado de Bel Borba, a realizar intervenções nas ruas, democratizando, para o olhar dos passantes, uma exposição permanente, a céu aberto, legando a todos, uma visão de grande força estética. Aqueles muros, paredes, postes, viadutos, pontes, etc, depois de pintados, desenhados, coloridos, mudavam a cara da cidade e, para os seus viventes que transitavam por ali, trazia uma abençoada alegria para a suas retinas tão fatigadas do cotidiano opaco.
Durante três anos e seis meses, vítima de um processo de conotações Kafkianas, o nosso artista de vôo livre, esteve encerrado na Penitenciária Estadual. Convivendo com os condenados, responsáveis pelos crimes mais brandos e os mais graves delitos. Promoveu nestes tempos de horror, várias oficinas de aprendizado das técnicas no reino das artes plásticas, ajudando a elevar a auto-estima, dele próprio e dos companheiros de cárcere. Muitos destes presos se apegaram ao fazer artístico. Como produto da memória das trevas, Leonel, já em liberdade, organizou a sua mais contundente, aclamada e premiada exposição, a qual deu o nome sugestivo de Caixa Preta.
Leonel Mattos, pela compulsão da arte e da diversidade dos seus fazeres, inclui-se naquela definição Marioandradiana: “Eu sou trezentos, sou trezentos e cinqüenta”.
Este filme é o registro documental, em 24 quadros por segundo, deste viajante e suas passagens pelas estações de alto e baixo astral, sem perder a utopia."

Ficha Técnica
Documentário: Leonel Mattos A 24 Quadros Por Segundo
Duração: 10 minutos
Produção Executiva: Yara Maria Espinheira
Direção de Fotografia: Claude Santos
Operador de Câmera: Roque Araújo
Direção de Arte: Lígia Aguiar
Projeto Gráfico: Davi Caramelo
Montagem: Claude Santos/Tuna Espinheira
Edição: Claude Santos
Narração: Maria Rosa Espinheira
Trilha musical: Aderbal Duarte
Roteiro, texto e direção: Tuna Espinheira
Assistente de Direção: Mônica Bahia

Contato:
Tuna Espinheira – (71) 3359- 4480/ 8853-4480

Nenhum comentário: