O V Seminário de Cinema e Audiovisual está nas portas e, para este ano, além das costumeiras mesas redondas e quadradas, programada uma grande mostra retrospectiva de Jean-Luc Godard, que acontece entre os dias 28 e 31 de julho no Teatro Martim Gonçalves (Escola de Teatro do Canela). Com a curadoria do estudioso francês Alain Bergala. Os filmes programados são: Alphaville, Carmem de Godard, O demônio das onze horas (título absurdo que tomou o maravilhoso Pierrot, le fou), O desprezo (Le mépris, com uma esfuziante Brigitte Bardot nua e delirante como Deus a criou), Detetive, Elogio do amor, Infelizmente para mim, Je vous salue, Marie, Made in USA, Uma mulher é uma mulher, Nouvelle Vague, Para sempre Mozart, Passion, O pequeno soldado, e Tempo de guerra (Les carabiniers).
Há, também, sobre Godard, mesas redondas que discutirão a sua estética e a sua arte, todas programadas para o palco do Teatro Castro Alves. Todas as informações para o V Semcine estão aqui neste site, inclusive as inscrições: http://www.seminariodecinema.com.br/
O belo cartaz acima é de Pierrot, le fou. Dê um clique para vê-lo ampliado e mais belo.
3 comentários:
Uma mulher é uma mulher é um filme antigo e bobinho. É feito com tanta magestralidade,contudo, que é impossível que lhe tenha perdido a aura aos olhos de hoje.
Você lembrou algo surpreendente: a tradução de "Pierrot le fou" é mesmo absurda.
O título "O demônio das onze horas" não é tão absurdo assim. O filme "Pierrot le Fou" baseia-se livremente no romance noir "Obsession", de Lionel White. O livro, um daqueles que volta e meia aparecem nos filmes do Godard, edição Gallimard clássica, de bolso,capinha preta,com caracteres amarelos, ganhou entre os franceses, na época, a tradução "Le Démon d'onze heures". Não sei a explicação, mas o título brasileiro apenas cita essa tradução,fornecendo uma pista de uma das incontáveis fontes do filme.
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