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09 março 2014

Meus 20 filmes favoritos

Cidadão Kane (Citizen Kane, 1941), de Orson Welles

Não é minha lista definitiva, porque, para isso, precisaria pesquisar. Mas uma relação de filmes que considero os melhores que já foram feitos elaborada com a ajuda da memória, e procurando evitar a repetição de diretores. De Hitchcock, por exemplo, poderia incluir mais dois ou três filmes, e, principalmente, Psicose (Psycho, 1960), mas dei preferência a Um corpo que cai (Vertigo, 1957), ainda que com certa relutância. Feita e digitada, lembrei-me de Akira Kurosawa cujo Viver (Ikiru, 1953)´, que considero seu melhor trabalho, é uma obra mais que prima. Veio-me também à memória Contos da lua vaga (Ugetsu Monogatari, 1953), de Kenji Mizoguchi, que admiro profundamente. Daí a imperfeição da lista, embora as obras citadas correspondam às minhas preferências. O problema é a limitação de 20 títulos, que, para um cinéfilo compulsivo, traz alguma aflição na hora da escolha para a inclusão. Como um montador de filmes que, tendo filmado 3 horas, vê-se obrigado a reduzí-lo para 90 minutos. Dos 20 listados, há um que poderia ficar como o vigéssimo-primeiro, mas preferi dar este mesmo número. Trata-se de O otário (The patsy, 1964), de Jerry Lewis, uma obra-prima não devidamente (ainda?) verificada pelos exegetas da arte do filme. Em alguns casos, preferi, como no de Billy Wilder, colocar um filme seu mais esquecido, a exemplo de Avanti!, embora admire muito quase toda a sua filmografia (Se meu apartamento falasse, Quanto mais quente melhor, Pacto de sangue, Crepúsculo dos deuses/Sunset Boulevard, entre outros).  Do cinema brasileiro, Deus e o diabo na terra do sol, obra que traumatizou toda uma geração de cineasta, é um filme de grande impacto, que me causou estupefação quando o vi nos já distantes anos 60, mas que continuo sempre a rever. Não somente é o melhor filme brasileiro de todos os tempos como pode ser incluído entre as maiores obras da história do cinema.

Uma vez pediram a sisudo crítico paulista Rubem Biáfora a sua relação dos 20 maiores filmes de todos os tempos para a revista Filme/Cultura. Ele respondeu: por que não 50, 80, 100? Mas ainda sobre a lista, devo dizer que no caso de Eisenstein, que todos apontam Outubro e O encouraçado Potemkin como as suas manifestações exponenciais, dei preferência a Ivan, o terrível, filme-ópera de grande impacto, que acredito ser a sua obra mais que perfeita.

Toda lista é pessoal e subjetiva.

1.) CIDADÃO KANE (Citizen Kane, 1941), de Orson Welles
2.) OITO E MEIO (Otto e mezzo, 1963), de Federico Fellini
3.) UM CORPO QUE CAI (Vertigo, 1957), de Alfred Hitchcock

4.) RASTROS DE ÓDIO (The seachers, 1956), de John Ford
5,) ROCCO E SEUS IRMÃOS (Rocco i suoi fratelli, 1960), de Luchino Visconti 
6.) A CRUZ DOS ANOS (Make way for tomorrow, 1937), de Leo McCarey
7.) OS GUARDA-CHUVAS DO AMOR (Les parapluies de Cherbourg, 1964), de Jacques Demy
8.) OS MELHORES ANOS DE NOSSAS VIDAS (The best years of our lives, 1946), de William Wyler
9.) LUZES DA CIDADE (City lights, 1930), de Charles Chaplin
10) ACOSSADO (A bout de souffle, 1959), de Jean-Luc Godard
11) ONDE COMEÇA O INFERNO (Rio Bravo, 1959), de Howard Hawks
12) O ANO PASSADO EM MARIENBAD (L'année derrière en Marienbad, 1962), de Alain Resnais 
13) O MARTÍRIO DE JOANA D'ARC (La passion de Jeanne D'Arc, 1928), de Carl Thodor Dreyer
14) AURORA (Sunrise, 1927), de Friedrich Wilhelm Murnau
15) MORANGOS SILVESTRES (Smultronstallet, 1957), de Ingmar Bergman
16) AVANTI! (Amantes à italiana, 1973), de Billy Wilder
17) IVAN, O TERRÍVEL (Ivan Grosnii, 1939/1942), de Eisenstein

18) DEUS E O DIABO NA TERRA DO SOL, de Glauber Rocha
19) AS ESTRANHAS COISAS DE PARIS (Elena et les hommes, 1956), de Jean Renoir
20) A RODA DA FORTUNA (The band wagon, 1953), de Vincente Minnelli
20) O OTÁRIO (The patsy, 1964), de Jerry Lewis



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