A paranoia anti-tabagista, que se espalha pelo mundo como metástase, está a cercear a liberdade do homem. Claro que respeito os não-fumantes, mas a legislação é absurda. Em todos os lugares, deveria haver - e obrigado por lei - um espaço reservado aos fumantes. Os que não apreciam a fumaça dos cigarros possuem todo o direito de se ver livres dela, mas os fumantes, além de proibidos, estão sendo humilhados e considerados marginais. Há poucas semanas, fumando na frente de um shopping, e no fumódromo, avistei uma mulher que, passando na minha frente, olhou-me rapidamente de esguelha, e colocou a mão no nariz. O fato é que se encontrou um inimigo público, que é o cigarro. E as descargas dos gases dos automóveis? A circulação dos carros em cidades enfartadas como Salvador deveria, sim, ter uma legislação reguladora. Em Nova York a proibição é tão severa que somente se pode acender seu amigo em casa. Nem em quarto de hotel é permitido que se solicite a companhia do velho companheiro, porque há um sistema de alarme que denuncia o fumante. Tenho consciência que o cigarro faz mal à saúde. Mas se morre fumando e se morre, também, sem fumar. Aleluia!!
6 comentários:
Outro dia eu soube que alguns hotéis no EUA teem censores para detectar alguém fumando nos quartos.
Lembrei imediatamente de 1984 de Orwell, e outros Sci-Fi em que o ser humano é constantemente vigiado perdendo sua liberdade de movimentos e ações numa socieada totalitária e robotizada.
Lancei há algum tempo um 'slogan': "Anti-tabagismo é fascismo" e o achei interessanta até pela rima. Mas infelizmente o meu poder de divulgação é pequeno e não pegou em lugar nenhum.
A sociedade, hoje, prima pelo "pensamento único", algo de uma burrice "globalizada". E, notadamente o pensamento anti-tabagista entrou no 'hall' da fama nesta corrente fascistóide de raciocínio e comportamento!
André
Após ler seu protesto pelo direito de fumar fui remetido a uma entrevista com Catherine Deneuve que está no Brasil para o lançamento de seu filme no festival Varilux.
Leia e considere-se vingado pois a "nossa" Deneuve concedeu entrevista em local fechado fumando.
Emilio Suzart
Emílio,
É preciso, neste caso, a desobediência civil em se tratando de uma lei que cerceia a liberdade.
É isso ai Setaro.
Lembro-me como alguns olhares nos alvejaram quando, saindo daquele debate que estávamos na sala de Arte ai em Salvador, estávamos fumando do lado de fora do cinema, naquele espaço (coberto) que estávamos olhando os cartazes. Um cara agressivamente olhou pra mim e disse: "é proibido". Eu disse: "não sabia". Ele deu uma risada superiormente sarcástica. Como você não percebeu (estavas conversando com o André França)deixei pra lá e continuei fumando.
Ms me gerou um puta dum mal estar.
É isso ai.
Abraço!
Francis Vogner
Há poucas semanas, uma jornalista marcou comigo uma entrevista e fomos a um jardim da cidade (local aberto) para fazê-la. Na conversa, acendi um cigarro e ela se aborreceu, dizendo-se alérgica. Encerrei o bate-papo num 'ex-abrupto' e fui-me embora. Não tenho mais paciência com esse tipo de pessoa.
Mandou bem André! E a jornalista perdeu a oportunidade de te conhecer melhor. Queria fazer um bar ou restaurante só para fumantes e garantir a tranquilidade aos que adoram tabaco, como eu e você.O lugar seria proibido àqueles que não fumam rsrsrsr1 "A unanimidade é burra", diria Nelson Rodrigues e agora estamos vendo essa verdade. É proibido proibir. Será que vamos viver em guetos, sem que nosso direito e liberdade sejam respeitados? Grande abraço, Solange de Paula.
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