Filme esquecido de Vittorio De Sica, o famoso neorrealista realizador do clássico Ladrões de bicicletas, O condenado de Altona (I sequestrati di Altona, 1962), apesar do roteiro assinado por Jean-Paul Sartre, e com elenco maduro, foi, quando do seu lançamento, um tremendo fracasso de bilheteria. Talvez essa a razão de ter sido condenado ao esquecimento. Busquei-o na memória e o encontrei nos seus arcanos, quando o vi, em 1965 (lançamento com três anos de atraso, como de praxe) no cinema Liceu em Salvador aos 15 anos de idade. Depois o filme desapareceu de circulação - não o assisti mais nem na televisão nem em VHS ou DVD. Seria importante, passados quase 50 anos, meio século, que fosse devidamente revisitado, e uma distribuidora dos disquinhos bem que poderia tentar importá-lo para o mercado brasileiro - não me conformo como, até hoje, ainda não foi lançado no Brasil o magnífico Divórcio a italiana, de Pietro Germi. Em Altona, um armador alemão (Fredric March), de passado nazista, com câncer terminal, corroído pela dor, transfere seu império ao filho mais novo (Robert Wagner). Mas a mulher dele, Sophia Loren, está apaixonada pelo cunhado meio louco (Maximilian Schell), que vive trancado num quarto. Clique na imagem!
Um comentário:
Grande filme. Angustiante, envolvente, trata de uma loucura dentro de outra loucura.
Pena não o termos em DVD. Pena não ser exibido em nenhum canal, mesmo da rede privada (TVs a cabo).
E também me surpreende que "Divórcio à italiana" nunca tenha sido lançado também, pois é uma das grandes comédias italianas de todos os tempos...
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