Afastada da Metro pelo poderoso chefão Louis B. Mayer, Judy Garland amargou, na primeira metade dos anos 50, com a falta de perspectivas e de trabalho, afundando as mágoas no copo. Em 1955, numa tentativa de restabelecimento da carreira, ajudada pelo ex-marido Vincente Minnelli, Garland, cantora e atriz de um fascínio indelével, foi contratada pela Warner para fazer Nasce uma estrela (A star is born), um remake de um filme antigo de John M. Stahl. Minnelli, por fazer parte do staff da Metro, não pôde dirigi-la, mas indicou seu amigo George Cukor para a tarefa de administrar e orientar os ímpetos de Garland. Realizado dois anos depois do advento do CinemaScope em O manto sagrado (The robe, 1953), da Fox, Cukor construiu um espetáculo de raro esplendor, reinventando, inclusive, o uso da tela larga. Somente a aplicação de um adjetivo para definir Nasce uma estrela: magnífico.
Garland é uma aspirante a atriz e cantora que conhece, por acaso, um célebre astro, James Mason, alcoólatra, que se apaixona por ela e decide fazê-la ingressar no mundo do cinema. Enquanto ela sobe como estrela fulgurante, ele desce pela decadência proporcionada pela bebida em excesso. George Cukor é um grande diretor - e disso não se duvida: Adorável pecadora, A costela de Adão, A vida íntima de quatro mulheres, My fair lady...
O trecho aqui mostrado foi reduzido da versão exibida nos cinemas quando do seu lançamento. Nos anos 70, houve um novo remake de Nasce uma estrela, com Barbra Streisand, uma droga consumada.
Um comentário:
Perfeita a citação sobre esta versão do filme!
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