Annie Girardot prestes a ser morta por Renato Salvatori no inesquecível Rocco e seus irmãos (Rocco i suoi fratelli, 1960), de Luchino Visconti.
Afastado da internet por dois meses, soube apenas ontem da morte de Annie Girardot, uma das melhores atrizes do cinema francês e mulher de forte personalidade. Foi-se embora aos 80 anos, mas, há alguns anos, já se encontrava completamente esquecida de si mesmo com o terrível Mal de Alzheimer. Quem pode esquecê-la como Nadia em Rocco e seus irmãos, salvo se estiver também com Alzheimer? Seu nome de batismo: Annie Suzanne Girardot. Na última década já apresentava no rosto a perversidade dos anos que passam e, tão bela quando jovem, está feia em filmes como A professora de piano, quando interpretou a mãe sofrida de Isabelle Huppert. Ou em Os miseráveis, do grande Lelouch, filme dos 90, mas mostrando uma Girardot já abatida pelo tempo. Lembro-me agora de Viver por viver (Vivre pour vivre, 1966), de Lelouh, como a esposa de Yves Montand que é traído pelo marido que tem um caso com a belíssima Candice Bergen. Mas volto ao assunto neste mesmo post. |
4 comentários:
Oi, André,
Annie Girardot foi não só uma grande atriz, mas uma grande personalidade da cultura francesa. Trabalhou com grandes diretores como como Luchino Visconti, Claude Lelouch, Marcel Carné e Mario Monicelli, e embora seu nome nunca tenha sido um "arrasa quarteirão" nas bilheterias, seus papéis sempre foram marcantes. Em Rocco e Seus Irmaos ela está deslumbrante e acho que esse é o seu melhor papel!!
O Luís Carlos Merten escreveu um texto muito bonito sobre ela, que termina assim: "Se a gente for pensar, racionalmente, Annie já tinha morrido há tempos, desde que, sem memória, deixou de ser Annie Girardot. Lembro-me de meu amigo Tuio Becker. Existe um céu? Gostaria de acreditar que sim. Tuio estaria esperando por Annie, para dizer quanto a amávamos".
Aproveito para convidar você s seus leitores para as comemorações do segundo aniversário do blog Jazz + Bossa + Baratos Outros:
www.ericocordeiro.blogspot.com
Um fraterno abraço!
E o pior é que somente agora por intermédio de seu blogue soube disso, caro André.
Foi pessimamente divulgado o desaparecimento de tão importante atriz, intelectualmente importante nos anos 1960/70!
Érico, obrigado pelas informações que enriqueceram meu post
Jonga, espantoso que a imprensa brasileira não tivesse dado o destaque merecido à morte dessa grande atriz francesa e mundial. Acreditam que os jornalistas atuais, salvo honrosas exceções, não saibam nem de quem se trata.
acredito = errata
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