Nobre e fleumático inglês (David Niven) aposta em seu clube reservado que consegue dar a volta ao mundo em 80 dias. A viagem é feita em companhia de seu criado (Passepartourt, interpretado pelo comediante mexicano Cantinflas em seu primeiro filme nos Estados Unidos, onde, logo depois, faria Pepe, de George Sidney, musical que desapareceu). Passa por muitas dificuldades, vence obstáculos aparentemente insuperáveis, liberta uma princesa indiana e a salva de ser morta (Shirley MacLaine, como Aoura), e ainda em seu encalço um investigador à cata de recompensas.
A volta ao mundo em 80 dias (Around the world in eighty Days, 1956), de Michael Anderson, foi produzido por Michael Todd (casado com Elizabeth Taylor na época, mas que morreu em desastre de avião), poderoso produtor hollywoodiano com acentos megalomaníacos, e é um filme turístico, a rigor, um verdadeiro passeio pelos lugares exóticos do planeta. Anderson funciona como um diretor administrativo que obedecia as ordens de Todd, e o filme é quase todo estruturado em planos gerais e de conjunto. Deve ser visto, hoje, como peça arqueológica.
Atores famosos aparecem em pontas rápidas: Fernandel (o cocheiro), Frank Sinatra (o pianista), Buster Keaton (o bilheteiro do trem), Robert Newton (o perseguidor), Charles Boyer (o agente de viagens), Joe E. Brown (aquele comediante que não abre a boca em Quanto mais quente melhor e se apaixona por Jack Lemmon), Martine Carol, John Carradine, Charles Coburn, Ronald Colman, Noel Coward, John Gielgud, Trevor Howard, Beatrice Lilli (a velha de Positivamente Millie), Peter Lorre, George Raft (o gangster que tinha, por hábito, jogar a moedinha), Red Skelton, entre outros. Ganhou o Oscar de melhor filme, além o de roteiro adaptado, fotografia e montagem.
2 comentários:
boa lembrança!
Mas o filme tem uma leveza bem sedutora. Acho a melhor adaptação de Jules Verne para o cinema.
Abração e apareça,
www.ofalcaomaltes.blogspot.com
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