O satânico Dr. No (Dr. No, 1962), de Terence Young, foi o primeiro filme de James Bond, o agente secreto a serviço de sua majestade britânica que tinha o direito de matar. Confesso que, adolescente, quando o vi, no seu lançamento, fiquei empolgado com a sua dinâmica narrativa. Steven Spielberg confessou que o seu sonho era fazer um filme de James Bond, e Indiana Jones, a série toda, é uma tentativa, segundo ele, de aproximação.Os produtores Harry Saltzman e Albert Broccoli nunca pensaram que o filme iria atingir o sucesso que atingiu. Logo em seguida, veio Moscou contra 007 (From Russia with love), também dirigido pelo asiático Young. Esperava-se, na época, o novo filme do agente 007 com impaciência. Revendo todos, creio que os melhores são Dr. No, Moscou contra 007 e Com 007 só se vive duas vezes, de Lewis Gilbert (se não me engano). Connery, o mais que perfeito Bond, tentou abandonar a série, foi substituído, mas voltou em Diamantes são eternos. Mas depois, deste, meio careca, abandonou-a, sendo substituído por Roger Moore, fleumático, bem inglês, que superou as hesitações iniciais e chegou a convencer.
4 comentários:
Herdei da videoteca de meu pai justamente os dois primeiros filmes da série aqui citados.
Aleluia!!
Você, que estava no 'cativeiro', ressurgiu, e justamente com um comentário bondiano. Bom saber que meu tio gostava de James Bond. O que, aliás, não seria novidade ou surpresa, cinéfilo que ele era. O primeiro Bond, 'Dr.No', que revi há pouco, é muito caprichado e, justamente por isso, que encantou meio mundo. Ficou, nos arcanos de minha memória, a imagem de Ursula Andress, com pouca roupa para a época, surgindo do mar revolto. E aquela maneira de Connery falar o seu nome, "Meu nome é Bond, James Bond", cravou no imaginários dos cinéfilos do século XX. Agora o que há é cinéfilos do século XXI.
Por falar em James Bond, nos anos sessenta tinha um colega que era marxista-leninista e que me criticava por gostar dos filmes de 007. Numa bela tarde, eis que entro no cine Liceu, em Salvador, e na ampla sala de espera, vejo-o sentado no sofá. Devo ressaltar que ele estava indo ver um filme de James Bond, que tanto dizia detestar. Num átimo de segundo, desceu as escadas (para se chegar à sala de projeção tinha umas escadas), e se alojou no banheiro. Fui atrás dele, entre no banheiro e peguei-o em flagrante. Ficou amuado, disse algumas coisas, disse que ia apenas analisar o 'teor' imperialista do filme, e acabou por escapulir pela porta de saída.
tempos hipócritas,professor, mas ñ de todo idos. O Bond encenado pelo xclnt sir Sean Connery é pra mim ícone épico do melhor da série q, imagino, V.Sa. também admira, especial,mente pelo glamour invejável de conquistador que o elegantérrimo inglês expressava.
grande abraço.
alvaro fugueiredo
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