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07 janeiro 2009

A bela Rossana Schiaffino

Uma enquete de blog, pelo menos é assim que faço, é formulada ao sabor da hora e da memória sem uma pesquisa maior para que não haja omissões. E há a considerar o tamanho, pois as opções possum um número limitado para as respostas. Na atual, sobre as divas e deusas do cinema italiano, Monica Vitti corre solta à frente. O motivo do post, no entanto, é ressaltar uma outra atriz que deslumbrou, por sua beleza, os anos 50 e 60: Rosanna Schiaffino, que o blogueiro esqueceu de colocar na lista. Schiaffino fez tanto sucesso que Vincente Minnelli a convidou para participar de A cidade dos desiludidos (Two weeks in another town, 1961), filme sobre a indústria do cinema que tem boa parte de sua ação transcorrida na Itália. Mas a Schiaffino que nos ficou na imaginação foi aquele beleza fulgurante que apareceu em A provocação (La sfida, 1958), de Francesco Rosi (sim, o grande diretor que mais tarde faria filmes como O bandido Giuliano, O caso Mattei...), em A longa noite de loucuras (La notte brava, 1959), de Mauro Bolognini, Teseu e o minotauro (Teseo contra il minotauro, 1960, um sub-filme na linha do filão pseudo-histórico, mas Schiaffino está linda aqui), de Silvio Amadio, Milagre dos lobos (Miracle des loups, 1961), de André Hunebelle, com Jean Marais, Os vitoriosos (The victors, 1963), de Carl Foreman, El Greco, de Luciano Salce, entre tantos e tantos outros. Embora com acesso a Hollywood, Schiaffino não teve, porém, a sorte lotérica de Sophia Loren, que, apesar de bela e talentosa, foi auxiliada pelo marido, produtor de prestígio, Carlo Ponti.

9 comentários:

ARMANDO MAYNARD disse...

Schiaffino pode não ter tido a sorte da Sophia, mas ambas a tiveram da natureza, que as presentearam com colos fartos que sabiam explorar usando generosos decotes.Um abraço, Armando [recomentarios.blogspot.com] e [feiticodecinema.blogspot.com]

Jonga Olivieri disse...

Um verdadeiro lapso!

Ailton Monteiro disse...

Rossana, eu não conheço, mas das divas ao lado, da pra ficar doido entre escolher, por exemplo, Stefania Sandrelli e Alida Valli, justamente duas das menos votadas.

Anônimo disse...

Caro Setaro,

Considerar este comentário em lugar do anterior:

Que bela lembrança da bela atriz italiana (de Genova) Rosanna Schiaffino.
Lembro que em 25 de novembro passado, ela completou 70 anos (é de 1938). Seu estrelato foi com o filme "Os Paladinos de França" (Orlando e i Paladini de Francia), de Pietro Francisci, 1956 (que inaugurou em Feira o hoje extinto Cine Madrid, em 1958).
Além dos filmes lembrados por André Setaro, ela atuou em:"O Vingador" (Il Vendicatore), de William Dieterle), 1959; "Epopéia de Bravos" (La Fayette), de Jean Drèville, 1961, com Orson Welles; O Rapto das Sabinas" (Il Ratto delle Sabine), de Richard Pottier, 1961; "Legenda Histórica" (I Briganti Italiani), de Mario Camerini, 1962, com Vittorio Gassman; "A Corrupção" (La Corruzione), de Mauro Bolognini, 1963; "Ro.Go.Pa.G", de Roberto Rosselini (episódio "Lillibatezza), 1963; "Os Legendários Vikings" (The Long Ships), de Jack Cardiff, 1964; "A Mandrágora" (La Mandragora), de Alberto Lattuada, 1965; "A Feiticeira do Amor" (La Strega in Amore), de Damiano Damiani, 1966; "Um Marido de Morte" (Drop Dead Darling), de Ken Hughes, 1966, com Tony Curtis; "O Heróico Lobo do Mar" (L'Avventuriero), de Terence Young, 1967, com Anthony Quinn e Rita Hayworth; "Símon Bolívar, O Libertador" (Símon Bolívar), de Alessandro Blasetti, 1969; "Caprichos de uma Deusa do Amor" (Scacco Alla Regina), de Pasquale Festa Campanile, 1969; "Ettore o Machão" (Ettore Lo Fusto), de Enzo G. Castellari, 1973, com Vittorio De Sica (paródia sobre "A Odisséia"); "Um Homem Chamado Noon" (A Man Called Noon), de Peter Collinson, 1973; e "Os Heróis" (Gli Eroi), de Duccio Tessari, 1975, com Rod Steiger.
Até 1975 foi casada com Alfredo Bini, produtor de vários de seus filmes. Atualmente está casada com Giorgio Falck. Antes de ser atriz - de 45 filmes - foi Miss Liguria.

André Setaro disse...

Coitada de Gina Lollobrigida: tracinho, nenhum voto, embora a enquete não tenha sido encerrada. Mas ao que tudo indica é que ela terá um ou dois votinhos, se muito. Será que apenas os mais velhos é que se lembram dela? A sua beleza me impressionou muito quando, ainda garoto de calças curtas (naquela época menino usava calça curta) quando vi "A mulher mais bela do mundo" ("La donna più bella del mondo", 1956), de Robert Z. Leonard, filme no qual ela contracena com Vittorio Gassman, Robert Alda, Anne Vernon (a mãe de Catherine Deneuve em "Os guarda-chuvas do amor", de Jacques Demy), com fotografia de Mario Bava (que depois virou diretor 'cult'). E filmes como "Quando setembro vier", de Robert Mulligan, ao lado de Rock Hudson. "Pão, amor e fantasia" ("Pane, amore e fantasia", 1953), de Luigi Comencini, é uma comédia romântica possuidora de um frescor admirável, com Vittorio De Sica em filme que se poderia dizer tipicamente italiano, que somente poderia se feito mesmo na Itália. "Trapézio" ("Trapeze", 1956), de Carol ("O terceiro homem") Reed, marcou época. Burt Lancaster a olhar para ela no trapésio e a desejar que seu 'maiô' se rompesse. Tem também, no elenco, Tony Curtis. Assim como Sophia Loren, conquistou os Estados Unidos, quando sua carreira começou a fazer água, pois seu talento estava nas comédias italianas, pois uma mulher 'made in Italy', mas não 'for export'.

Mayrant Gallo disse...

Setaro, amigo, acho que há outra falta: Agostina Belli, de Profumo di donna, de Dino Risi, baseado no romance A escuridão e o mel, de G. Arpino... Mas agora me ocorreu que o filme é dos anos 70, extrapolaria portanto a enquete. Bem, já lancei meu voto. E quase votei na Lollo, mas preferi a Eleonora Rossi Drago, por seu desempenho (e beleza) em As amigas e Verão violento. De resto, seu blogue é puro cinema! Congratulações! Abraço, Mayrant.

André Setaro disse...

Sim, caro Mayrant, mas se for lembrar de todas as belas italianas não haveria espaço no blog para abrigá-las de tão bonitas e talentosas que são. Agostina Belli está esplendorosa em 'Profumo di donna', do grande Risi, ao lado de Vittorio Gassman. Apesar da versão americana ter uma grande interpretação de Al Pacino, prefiro o 'Profumo' de Risi.

Jonga Olivieri disse...

Lolô era das "belezas" mais enjoadas que passaram pelas telas do cinema. Um tipo de beleza meio "bonequinha" sem o charme de uma boneca de luxo como Hepburn.

Anônimo disse...

Bem lembrado! Gina, grande atriz. meu voto para ela.