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23 julho 2007

"Cahiers du Cinema" on line


Embora a revista Cahiers du Cinema não seja mais a mesma dos anos 50 e 60, quando ditava regras e era a bíblia dos cinéfilos, e tinha, entre seus redatores, nomes como François Truffaut, Jacques Rivette, Eric Rohmer, Claude Chabrol, Godard, entre tantos outros, a publicação continua de vento em popa e pode ser acessada e lida on line no link que se segue: http://www.cahiersducinema.com/
A capa da revista do mês apresenta Juliette Binoche, musa dos cinéfilos, de gregos e troianos, mas, idiossincrasia minha, sei-a, não tenho muita admiração nem muito menos a paixão que vejo, por ela, nos outros. Apaixonado sou, sim, por Irene Jacob, que está maravilhosa, entre outros filmes, em A fraternidade é vermelha, de Kieslowski, cineasta que quanto mais revejo mais admiro pela sua profunda constatação do mal estar da civilização e sua percepção da falta de perspectiva do homem, abandonado no mundo à sua própria sorte.
Mas ainda Resnais: onde se pode ver La vie est um roman e L'amor à mort, e Pas sur la boche, filmes inéditos no Brasil e que - creio - não podem ser encontrados em DVD?

8 comentários:

Jonga Olivieri disse...

Fantastique!
Já até coiloquei nos meus "favoritos" para poder acessar sempre esta tão inesquecível publicação...

Saymon Nascimento disse...

Juliette Binoche é igual Almodovar - tem muito admirador chato, mas isso nem arranha a sua imagem ou sua força como atriz.

Setaro, tenho baixado La Vie Est Un Roman, mas ainda não vi. (Baixo demais e já não estou acompanhando o ritmo). Por falar em Kieslowski, baixei sua série Decálogo (que gerou Não Matarás e Não Amarás), já vi dois episódios. Legenda em espanhol.

Se você quiser, providencio para você.

André Setaro disse...

Obrigado Saymon. Quanto a Juliette Binoche, é verdade, assim como Almodóvar, tem muito admirador chato. Mas, questão idiossincrática, não a aprecio e, penso ter este direito, ainda que, também, não a deprecie. Não concordo com a maioria das pessoas que a ama, que a considera maravilhosa, etc. Maravilhosa, entre outras, é Irene Jacob. Binoche é um tanto afetada, tem algo que não gosto e que não sei nem me expressar para uma justificativa. Talvez tenha sido a participação dela naquele abominável 'O paciente inglês', subindo e descendo de 'trapézio' a ver imagens numa espécie de museu, uma entrevista que deu num canal francês. Não sei dizer.

Anônimo disse...

Binoche é musa dos cinéfilos, baianos.

Jonga Olivieri disse...

Esqueci de comentar que até hoje tenho a coleção da revista "Filme e Cultura" (lembra-se?), que era uma cópia gráfica do "Cahiers...".
Outra coisa: acho a Juliette Biniche uma MARAVILHA de mulher. Uauuuuu!

André Setaro disse...

Baixando o nível do blog, e já baixado, é verdade que se Juliette Binoche quisesse ter um caso comigo não seria o caso de recusar, não é mesmo? No-lo recusaria, e teria imenso prazer em tê-la, 'au grand complet', na minha humilde alcova. Já o disse muitas vezes que o meu grande mito sexual é Brigitte Bardot, passando por Catherine Spaak, e desabrochando, na 'contemporaneidade', em Irene Jacob, que convidaria a atravessar as minhas pontes de safena de bicicleta.

Cassiano Mendes disse...

Crede em meu espanto, em minha estupefação, em minha indignação, por ler, aqui neste blog, e vir a saber, que existe alguém no mundo que não gosta de Juliette Binoche, e este alguém vem logo ser você, meu caríssimo Setaro. Que espanto, que assombro, que decepção. Juliette é para mim uma legenda como mulher e atriz. Basta vê-la na tela para me sentir bem como homem e apreciador de cinema e da beleza feminina. E, então, leitor que sou de seu blog, leio neste que você, e logo você, caríssimo Setaro, 'não gosta de Juliette Binoche'. Não lhe chamo de veado porque sei que você não o é, pois lhe conheço há muito tempo, porque somete um boiola, um fresco, um pederasta, pode não gostar de uma gostosura como Binoche. Se não gosta da Binoche, gosta, pelo menos, de Irene Jacob, que também adoro. Concordo com Jonga, que soube observar os encantos de Juliette com um acertado 'uauuuu'. Mas não fique zangado comigo, Setaro, você que quase foi 'espancado' semana retrasada pela fúria navarriana, que também sofreu para implantar gloriosas pontes de safena. Sim, concordo que Irene Jacob passeie nelas de bicicleta.

André Setaro disse...

Meu caro Cassiano,
Creio que você, além de seu crônico analfabetismo funcional (não entende o que lê), apesar de doutorado em não-sei-o-quê (aliás, a este respeito, é surpreendente constatar que a indústria da pós-graduação é farta em produzir doutores analfabetos) é uma pessoa insensível à arte. Sinto-lhe muito cartesiano e casmurro quando se trata de linguagens artísticas. O seu problema é que não se restringe à sua área específica (ciências biológicas, se não me engano), procurando dar opiniões sobre arte em geral e particularmente cinema. Diz-se e faz-se de entendido em cinema, quando, na verdade, não compreende a sua poética nem a sua linguagem. Se o tema for nobre, eis que você, com sua peculiar ignorância, dá logo valor ao filme, desconhecendo haver, no cinema, o elo semântico e o elo sintático.
Quanto a seu encanto pela Juliette Binoche, é bom que o tenha, pois uma mulher de certo modo apetitosa. O que disse em postagem é que não tenho por ela a admiração que os cinéfilos costumam ter, preferindo muito mais Irene Jacobs. Por que não faz uma panegírico para ela no seu híbrido e confuso 'Petiscos ao molho de madeira', blog de sua gerência e autoria compilativa?