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19 março 2006

Ainda a cinefilia


O cinema como construtor de um amplo imaginário, como aconteceu no seu período de ouro (1912/1962, segundo Peter Bogdanovich e Orson Welles), tipifica o que se chama de cinefilia, cuja derradeira geração se deu em torno daqueles que nasceram em nos anos 50. Atualmente, há pessoas que se dedicam a ver filmes, e estudar, reflexionar sobre a natureza do cinema. Mas não há um amplo espectro. Existem, por assim dizer, bolsões de amantes do cinema, mas a cinefilia, como a concebida antigamente, desapareceu. Há um artigo de Paulo Emílio Salles Gomes, O cinema no século, publicado no Jornal do Brasil (27 de dezembro de 1970), que diz exatamente isso. Tenho o escrito na sua republicação na revista Filme/Cultura número 45 de março de 1985.
De "um filme por dia" se passou, na contemporaneidade, às megas mostras, como a de São Paulo, que não permite pausa ao seu frequentador, obrigado a passar o dia dentro de uma sala de exibição. A síndrome pode ser vista como uma compulsão para se ver tudo, compulsão esta imposta pelos produtores culturais e organizadores de mostras. Nenhuma crítica, no entanto, bem entendido, àqueles que organizam os grandes festivais de cinema. Apenas a constatação.

3 comentários:

Iris de Oliveira disse...

Olá professor.
estamos sempre acompanhado seus textos por aqui. adoramos também o reduto comodoro, textos incríveis sobre cinemas originais, desconhecidos, coisas selecionadas, cheias de valor. muito bom mesmo. continuem publicando.
abs
Iris

Amanda Luz disse...

Oi Setaro,

É uma pena para nós, alunos, que este semestre vc não esteja na Facom. Pelo menos a freqüência no blog está maior!

Abs,
Amanda.

Amanda Luz disse...

Setaro,

Seguindo seu exemplo, também resolvi "eleger" uma musa para meu blog. Talvez a minha não seja tão charmosa quanto Brigitte Bardot "no auge da beleza", mas também tem seu charme.

bjo,
Amanda.