Uma página no espaço virtual especialmente dedicada ao cinema baiano, Caderno de Cinema, editada por Jorge Alfredo (Samba Riachão), chegou em boa hora para se ter uma ideia do que vai pela cinematografia soteropolitana. Um artigo de Guido Araújo anuncia o fim das Jornadas, dando um ponto final ao já consagrado evento realizado todo mês de setembro. José Umberto radiografa a sensibilidade do ato mágico de filmar como produção de sentidos e emulações diversas. Oscar Santana dá o seu depoimento sobre a aventura do cinema na Bahia. Jorge Alfredo fala sobre o avexado Tuna Espinheira numa entrevista feita por e-mail e o resultado é um relato da carreira do cineasta de Cascalho, que abre e fecha as suas proezas cinematográficas nos anos 70. Edgard Navarro discorre sobre o Projeto Grana Away (o que é isso? somente a leitura do escrito pode decifrar melhor). Araripe reflete o cinema como a arte da impossibilitade de fazê-lo.O excelente intérprete Bertrand Duarte (agora internacional depois de Dawson - Ilha 10, de Miguel Littin, conta como começou a sua paixão pelo cinema: "Ir ao cinema sempre foi para mim um deleite que tem componentes de um ritual". Pola é entrevistado por Alfredo. E mais. Muito mais. Eu é que fiquei devendo um artigo para o caderno. Fica para o próximo número.
Além de fartas matérias, Caderno de Cinema é bastante ilustrado com fotos históricas do passado recente do cinema baiano. No editoral, Jorge Alfredo apresenta a sua página: "Sempre tive o desejo de editar uma publicação que trouxesse à tona o sentimento de quem faz e produz Cinema. Os realizadores, roteiristas, produtores, diretores, atores e atrizes, músicos, coreógrafos, os artistas da arte e da fotografia, montagem e maquinaria, iluminação e carpintaria, esse povo do cinema que me convenceu que era isso que eu queria fazer na vida. São esses meus amigos cineastas os responsáveis por esse conteúdo maravilhoso. Pessoas muito especiais com quem tenho o privilégio da companhia. Valeu a pena reuni-las, arregimentá-las para essa tarefa e ter a oportunidade de publicar “textos importantes e inéditos que estavam fazendo falta àqueles que se interessam pela cinematografia feita com tanto sacrifício nestas plagas.” como bem disse André Setaro quando lhe mostrei o conteúdo dessa primeira edição.
Hoje, 17 de abril de 2012, vai pro ar a nossa 1ª edição. Estamos numa fase experimental, ainda em busca de banners que tornem esse projeto sustentável. Criamos também um espaço para as produtoras divulgarem seus filmes, e em breve sairá a versão impressa do Caderno de Cinema. Fausto Junior está outra vez junto comigo; duas cabeça e quatro mãos a surfar… em 2006, fizemos a Novíssima Onda Baiana e agora novamente juntos no Caderno."
Corram para este endereço: http://cadernodecinema.com.br/blog/
Um comentário:
Muito bom para o cinéfilo conhecer a história do cinema bahiano, que já realizou e ainda realiza grandes filmes.
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