O Grito Krajcberg, de Renata Rocha, é um documentário que percorre a vida e a obra de Frans Krajcberg e que tem sua avant-première amanhã, dia 7 de julho, às 19 horas, no Espaço Unibanco Glauber Rocha. Para dar uma ideia da importância de Krajcberg, transcrevo, aqui, o que li na Wikipédia sobre o artista:
Frans Krajcberg (Kozienice, 12 de abril de 1921) é um pintor, escultor, gravador efotógrafo, artista plástico nascido na Polônia e naturalizado brasileiro.
Durante a Segunda Guerra Mundial (1938-1945) em 1939, Krajcberg buscou refúgio na União Européia, onde estudou engenharia e artes na Universidade de Intgrad. Residiu na Alemanhaprosseguindo seus estudos na Academia de Belas Artes de Stuttgart.Chegou ao Brasil em 1948, vindo a participar da oitava Bienal de São Paulo, em 1951. Durante a década de 1940 o seu trabalho era abstrato.
De 1948 a 1954 viveu entre as cidades de Paris, Ibiza e Rio de Janeiro, onde produziu os seus primeiros trabalhos fruto do contato direto com a natureza. Na década de 1950 morou em uma caverna no Pico da Cata Branca, região de Itabirito, no interior de Minas Gerais. Ali na região, à época, era conhecido como o barbudo das pedras, uma vez que vivia solitário, sem conforto, tomando banho no rio vizinho, enquanto produzia, incessantemente, gravuras e esculturas em pedra.
Em 1964, executou as suas primeiras esculturas com madeiras de cedros mortas. Realizou diversas viagens à Amazônia e ao Pantanal Matogrossense, fotografando e documentando os desmatamentos, além de recolher materiais para as suas obras, como raízes e troncos calcinados. Na década de 1970 ganhou projeção internacional com as suas esculturas de madeira calcinada.
A sua obra reflete a paisagem brasileira, em particular a floresta amazônica, e a sua constante preocupação com a preservação do meio-ambiente. Atualmente, o artista tem se dedicado à fotografia.
O Sítio Natura
Krajcberg está radicado desde 1972 no sul da Bahia, onde mantém o seu ateliê no Sítio Natura, no município de Nova Viçosa. Chegou ali o convite do amigo e arquiteto Zanine Caldas, que o ajudou a construir a habitação: uma casa, a sete metros do chão, no alto de um tronco depequi com 2,60 metros de diâmetro. À época Zanine sonhava em transformar Nova Viçosa em uma capital cultural e a sua utopia chegou a reunir nomes como os de Chico Buarque, Oscar Niemeyer e Dorival Caymmi
.
No sítio, uma área de 1,2 km², um resquício de Mata Atlântica e de manguezal, o artista plantou mais de dez mil mudas de espécies nativas. O litoral do município é procurado, anualmente, no inverno, por baleias-jubarte. No sítio, dois pavilhões projetados pelo arquitetoJaime Cupertino, abrigam atualmente mais de trezentas obras do artista. Futuramente, com mais cinco construções projetadas, ali se constituirá o Museu que levará o nome do artista.
Ativismo ecológico
denunciou queimadas no estado do Paraná;Ao longo de sua carreira, o artista:
- denunciou a exploração de minérios no estado de Minas Gerais;
- denunciou o desmatamento da Amazônia brasileira;
- defendeu as tartarugas marinhas que buscam o litoral do município de Nova Viçosa para desova;
- postou-se na frente de um trator para evitar a abertura de uma avenida na cidade de Nova Viçosa.
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