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17 outubro 2010

"Quando o espetáculo termina": um Lumet desconhecido


A enquete que coloquei hoje trata de Sidney Lumet, um dos realizadores americanos que merecem todo respeito pelo seu profissionalismo e pela longeva filmografia, ainda que com altos (bem altos ) e baixos (bem baixos). Lumet, há poucos anos, deu, apesar da idade provecta (acima dos 80) prova magnífica de sua vitalidade e de sua atualidade com os procedimentos cinematográficos em Antes que o diabo saiba que você está morto. Egresso da televisão nos anos 50, abafou e surpreendeu com seu filme de estréia: Doze homens e uma sentença (William Friedklin tentou um remake nos anos 90, que, apesar de competente e com bom elenco, não pode se igualar a de Lumet). Em 1964, realizou um filme avant la lettre e singular: O homem do prego (The pawbroker), com inexcedível performance de Rod Steiger, cheio de lances de memória, câmera lenta, procedimentos inusuais no cinema americano da época. E é o responsável pelo melhor filme sobre a ameaça nuclear: Limite de segurança. Gosto muito de O veredicto, com Paul Newman, obra de maturidade, rigorosa em seu relato fílmico, admirável em todos os aspectos. Mas há um filme que tirei dos arcanos de minha memória e que é completamente desconhecido e esquecido: Quando o espetáculo termina (Stage struck), que fez logo a seguir a Doze homens e uma sentença. Trata-se de um filme sobre as dificuldades encontradas por uma aspirante de atriz (Susan Strasberg), que, oriunda do interior, tenta se estabelecer em Nova York. O elenco é muito bom: Henry Fonda, Joan Greenwood, Herbert Marshall, e introduzindo Christopher Plummer (que, mais tarde, viria a ser o Capitão Trapp de A noviça rebelde/The sound of music, 1965), de Robert Wise.

Por sinal, o Telecine Cult está passando vários filmes de Sidney Lumet. Inclusive o raro Equus, com Richard Burton.

4 comentários:

Jonga Olivieri disse...

Votei em "O homem do prego" por tratar-se de uma obra marcante.
Mas juro que é difícil apontar um melhor entre todos os excelentes filmes de sua autoria.

André Setaro disse...

Fiquei em dúvida entre '12 homens e uma sentença' e 'O homem do prego'. Mas a solucionei com um clique: 'O homem do prego'

Romero Azevêdo disse...

Setaro, se fosse num cartão da loteria esportiva eu marcaria um triplo; "O homem do prego", "A colina dos homens perdidos" e "Um dia de cão". Como não é, fui de "The pawbroker".
Em tempo: "Eqqus" e "Pawbroker" já estão disponíveis em DVD no Brasil.

ANTONIO NAHUD disse...

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