No momento em que Redenção, de Roberto Pires, o primeiro longa realizado na Bahia, é exibido em noite festiva e com sua cópia restaurada, vale lembrar que um dos parceiros de Pires, que muito contribuiram para o êxito da empreitada, foi Oscar Santana, fundador da Sani Filmes com a qual produziu dezenas e dezenas de documentários e cine-jornais. Realizou também dois longas genuinamente baianos: O caipora (1963) e O pistoleiro (1975). Com o primeiro, veio a fazer parte do importante Ciclo Baiano de Cinema juntamente com A grande feira, Barravento, Tocaia no asfalto, Sol sobre a lama, entre outros. Oscar Santana, aqui, no texto que vai abaixo, conta a história de meio século de cinema na Bahia. O escrito é de sua autoria e devo abrir as necessárias aspas. Na imagem (clique nela para vê-la maior), da esquerda para a direita, Elson Rosário, Narceval Rubens, Pola Ribeiro e Oscar Santana (de camisa vermelha) durante uma visita que este último fez ao set de filmagens de O jardim das folhas sagradas, de Pola, o próximo filme baiano a vir à tona.
"BAHIA- 50 ANOS DE CINEMA
“Se queres ser universal... Canta a tua aldeia.”
Assim o grande escritor russo Leon Tolstoi projetou no tempo, o desejo permanente do ser humano, de se tornar reconhecido como um importante fragmento da humanidade.
Se você projeta a sua terra, o lugar onde vive e convive, se festeja com sabedoria e devoção seus hábitos e costumes, por certo, estará derramando mundo a fora, uma porção da verdade de sua gente e de si mesmo.
Muitas vezes me ponho a pensar na maxitude da sabedoria divina, em nos fazer finitos. Quanto tédio, quanto egoísmo, quanta involução, quanto sofrimento, devem ter sido evitados! Mesmo assim, apesar de toda pré-visão celestial, quanto aos rumos do comportamento humano, reflito ainda hoje:
De que vale o canto,
Se o grito angustiado,
Ainda explode,
Na garganta do mundo?
De que vale o espaço,
Se o tempo é dono de tudo?
De que vale a sombra,
Se a árvore não está de pé?
De que vale o verde,
Se “Verdi” se esconde monocórdio
No silêncio da manhã cinzenta,
Ou na solidão do quarto sem azul?
De que vale a fumaça
Se não é, ela,
Um filete esguio, já depurado,
De transparências mortas,
Expulsas pela chaminé?
De que vale a humanidade,
Sem o humanismo,
Nas suas formas mais sensatas, de ser praticado?
De que vale o gigante,
Se não houver pigmeus que lhe aparem a grama?
De que vale o homem,
Sem humano... ser?
A genialidade, essa capacidade do ser humano de falar para o futuro, não está no ato de criar, mas no ato de recriar com sabedoria e zelo o que seus olhos e ouvidos atentos, puderam perceber, nos arredores da vida.
Se formos para além do pragmatismo, poderíamos até, com a devida licença poética, afirmar: a criação não existe. Afirmar por exemplo, que depois de Deus, o supremo artífice de todas as coisas, e da vida, só nos restam, humildemente, atos permanentes de recriação.
Na Bahia dos anos 50 e 60, o exercício da recriação foi exercitado de uma forma semi-consciente, mas construtiva, principalmente pelos jovens artistas baianos: fosse nas artes plásticas, na literatura, na música, no teatro ou no cinema.
Neste universo conflituoso de esperanças vivas, quando pensamos fazer cinema, sem perceber, estávamos iniciando um ciclo: O Ciclo do Cinema Baiano.
Na Bahia daqueles tempos, antes de nós - Oscar Santana e Roberto Pires, que pensávamos alto, com a produção de um longa-metragem feita por baianos, outros cantadores de nossa aldeia, como Alexandre Robato, para exemplo, produziram em vôos mais curtos, documentários importantes como: “Puxada de Rede” e “Entre o Mar e o Tendal”.
Mas, a nossa inquietação, principalmente a minha e do Roberto, a nossa ansiedade em reinventar, conscientemente, coisas e processos já inventados, eram desculpas reais, para a nossa incapacidade material de comprar prontas, as nossas ferramentas de trabalho.
Foi desse jeito, teimoso, desacreditado de fazer o impossível, que produzimos o ingênuo “O Calcanhar de Aquiles”, com certeza, o primeiro trabalho ficcional do cinema baiano. Um policial silencioso, com algumas legendas postas sobre a imagem, diretamente na hora da filmagem. Neste filme, por absoluta falta de crença em nosso trabalho, de alguns improvisados atores, tive que interpretar um dos papéis do filme, sendo eu, também o câmera. Disparava a câmera KEYSTONE ainda de corda, e corria para frente dela, para interpretar o meu personagem, sob a direção ainda vacilante de Roberto Pires.
Depois desta experiência ficcional e sob mais uma forte influência tecnológica do cinema americano, produzimos o documentário, A Bahia - em Visão Natural, que era na verdade, o primeiro teste de mais uma recriação nossa, agora no campo da tecnologia, o embrionário Igluscope.
Fazer o nosso projeto ficcional Redenção em tela plana, quando os americanos já haviam produzido O Manto Sagrado, uma super-produção em Cinemascope, a última invenção do cinema mundial daquela época, seria começar com enorme retardo. E isto não seria um grande feito da nossa aldeia!
Alguns fotogramas, retirados clandestinamente pelo operador do antigo cinema Guarany, depois Glauber Rocha e hoje Espaço Unibanco, foi a única informação que obtivemos para perceber como fabricar, ainda que de forma artesanal, a nossa lente anamórfica, designação oficial para o recém criado processo de registro de imagens.
Diante dos cinco fotogramas que obtivemos da película O Manto Sagrado, notamos que as imagens eram comprimidas no sentido longitudinal, dentro do mesmo espaço do fotograma convencional de 35 milímetros, dos filmes de tela plana.
Depois de oito meses de trabalho, muitas experiências testadas sem resultado satisfatório, no auditório da Associação dos Empregados no Comércio da Bahia na Rua Chile, telas retangulares gigantes, feitas de madeira e pano branco, assustavam o velho Tourinho, administrador da Associação. Ele nos permitia tais experiências, mas ressaltava sempre, a sua preocupação com nossa geringonça, a tela gigante, que um dia poderia fazer ruir o teto do salão nobre do velho sobradão, onde fixávamos a tela. E mesmo sob a expectativa dessa possibilidade real, continuávamos testando ansiosamente o novo processo.
Certo dia, depois de testados 22 pares de lentes, nas oficinas da antiga ótima Mozart, do pai de Roberto, com o teto do salão nobre da Associação, ainda no lugar, obtivemos o resultado desejado.
Assim, foi recriado pelo cinema baiano, brasileiro, sul americano, o cinemascope tupiniquim, ou melhor, o Igluscope. Assim, nos igualamos orgulhosamente ao cinema tecnologicamente mais moderno do mundo de então.
Com as novas lentes rodamos Redenção, o primeiro filme baiano de longa-metragem, com a participação financeira de Elio Moreno Lima, filho de um cacauicultor. Muitos anos antes,, é claro, da contamiz é claro, da contaminação da lavoura, pela Vassoura de bruxa!
Com aquele filme decantamos a nossa aldeia, com nossa ousadia, nos pensamos universais.
Sempre que falamos sobre o cinema baiano, nos fazem a natural pergunta: por que a nossa primeira produtora chamava-se Iglu Filmes? A resposta é uma história curiosa, de ordem sentimental.
Quando ainda na fase embrionária de nossa pesquisa de imagem e som, porque também recriamos um sistema de som magnético próprio, o MAGNISOM, varávamos noites no prédio onde morava o Roberto, no bairro do Garcia, fazendo experiências. fazendo experiirro do Garcia. bruxa!
Quando, interrompíamos as nossas incursões cinematográficas, quase sempre às duas da madrugada, somente se encontrava aberta para um lanche, a Lanchonete Iglu, na Praça da Sé, onde nos reuníamos antes e depois das experiências.
Eu morava no bairro de Roma, na Cidade Baixa e estudava na Faculdade de Ciências Econômicas na Piedade. Roberto morava no bairro do Garcia. A Praça da Sé era um meio de caminho onde os papos continuavam, depois que eu saía da Faculdade e das experiências.
Como a produção de cinema na Bahia era uma grande novidade na época, essa novidade e a nossa obstinação, cativaram o dono da lanchonete e percebemos que, muitas vezes, ele mantinha a casa aberta até a nossa chegada, depois dos trabalhos noturnos de pesquisa. E ainda “dependurava” as nossas contas até termos condições de pagá-las no final de cada mês. Desse gesto de tolerância, boa vontade e incentivo, vindos de um simples comerciante da Praça da Sé dos anos 50, decidimos dar o nome da sua lanchonete, à jovem e pioneira empresa de cinema. Assim nasceu a Iglu Filmes.
O visionário exibidor Francisco Pithon, emprestando o cinema Guarany para exibirmos os nossos copiões, nos permitia avaliar o resultado de nossas experiências cinematográficas, principalmente as que se seguiram depois, já contando com os parceiros Rex Schindler e Braga Neto, como co-produtores.
Desde os tempos da minha dupla com Roberto, eram visíveis os diferentes conceitos que tínhamos, para uma mesma paixão, o Cinema. Roberto era um cineasta artesão, intuitivo, inventivo, muito preocupado com a forma, o jeito de filmar.
Eu me articulava dentro da mesma arte, com um sentimento mais voltado para o conteúdo, do que filmávamos. As discussões sobre forma e conteúdo eram constantes, e por isto mesmo, ferramentas importantes na composição dos trabalhos da Iglu Filmes.
Talvez por isto, a nossa parceria tenha se completado tão bem, principalmente no início de nossas carreiras.
Durante todo esse tempo, tivemos a contribuição de um personagem curioso e experiente de um Diretor de Produção que nos ajudava a todo instante, resolvendo questões aparentemente insolúveis de produção. Neste particular, Walter Webb era um mágico.
De lá para cá estas sementes deixaram frutos maturados, nos caminhos sinuosos que haveria de percorrer o cinema da Bahia.
Nós cineastas da época, no conjunto, conseguimos produzir durante o ciclo iniciado em 1959, um legado de 18 filmes de longa-metragem, como Redenção, Barravento, A Grande Feira, Tocaia no Asfalto, Sol sobre a lama, Bahia – Por exemplo, O Caipora, Deus e o Diabo na Terra do Sol, O Grito da Terra, Akipalô, Meteorango Kid, Caveira my friend, Boi Aruá, O Anjo Negro, O Pistoleiro, Abrigo Nuclear, Yawar Mayu e o O Mágico e o Delegado, por mim produzido em 1984, quando se interrompeu por absoluta falta de recursos e não de talentos, o ciclo de produção cinematográfica na Bahia.
Foi com a nova empresa, a Sani Filmes, já em 1961, depois que deixei a Iglu Filmes, que pude exercitar com mais desenvoltura as minhas propostas de conteúdo social no cinema.
Quando fiz O Caipora, compus um roteiro que evidenciasse a importância de se libertar o homem brasileiro, principalmente o nordestino, das amarras conceituais do destino traçado. Aquela seqüência de atos e fatos que serão religiosamente cumpridos pelo ser humano, durante a sua vida, à luz de uma determinação divina, em conjunção com as forças da natureza.
Defendi no filme, a importância de se colocar o destino no seu devido lugar, ou seja, atrás de cada ato do ser humano. Na verdade, como uma resultante de suas ações circunstanciadas pela sua própria vontade e pelo ambiente social em que habita e não, como pura e simples determinação dos céus. Enfim, o destino é rastro ou caminho?
Em O Pistoleiro, outro roteiro que escrevi e dirigi, mais uma vez preocupado com as questões sociais do momento, procurei salientar que, a inteligência circunstanciada pela ignorância talvez seja a maior fonte de degradação do caráter humano.
Se as oportunidades culturais não chegam ao indivíduo, provavelmente a sua inteligência insatisfeita, será aproveitada pelos agentes da deformação de caráter e depois utilizada de forma desastrosa, para desalento do próprio cidadão e da sociedade em que vive. Em resumo: A bolsa educação não pode ser menor que a bolsa estômago, principalmente porque, a educação no Brasil, é um direito do cidadão, mas não tem sido um dever cumprido pelo Estado.
Ligando-se a temática de O Caipora à temática de O Pistoleiro, encontramos um ponto comum, onde o homem, na circunstância da maior ou menor sabedoria, escreve o seu próprio destino.
Vale salientar que a identificação cultural entre as diversas artes na Bahia dos anos 50 e 60, era tão intensa, que a maioria dos filmes daquela época, além de atores como Geraldo Del Rey, Helena Inês, Antonio Pitanga, Milton Gaúcho, Braga Neto, Fred Jr., Carlos Petrovich, Maria da Conceição, Maria Adélia, tinha a participação de artistas plásticos como Santi Scaldaferri e Calazans Neto; escritores como Jorge Amado e Luiz Henrique Dias Tavares e críticos de cinema como Walter da Silveira, que atuavam em nossos filmes, às vezes como personagens importantes, outras vezes como simples figurantes. Já no Rio, Roberto fez algum tempo depois: “O crime no Sacopã”, “Máscara da Traição” e “Em busca do Sussexo”.
Novamente na Bahia e comigo como parceiro, fez “Abrigo Nuclear”. Depois em Goiânia, fez “Césio 137”, que em minha opinião lhe custou a vida, pela via da contaminação.
Glauber Rocha, nosso embaixador maior, pode semear mundo a fora, a sua genialidade comprovada, em Barravento, Deus e o Diabo na Terra do Sol, O Dragão da Maldade e Terra em Transe, entre outros filmes, no que observara e sentira, nos campos férteis plantados pelos chamados “meninos da Iglu”.
Somados, os filmes realizados na Bahia, durante este ciclo, representam um investimento privado, na sua maioria, dos próprios cineastas e produtores locais, da ordem de 54 milhões de reais, se considerarmos a média modesta, apenas atualizada, de três milhões de reais por filme.
Mais recentemente, foram realizados alguns filmes, já com a ajuda displicente do Estado, que disponibiliza anualmente, e já faz muito tempo isto, apenas, um milhão e duzentos mil reais, disputados a tapas e beijos, por todos os cineastas baianos entre si.
Enquanto isto, o Município de Paulínia no Estado de São Paulo, ao criar, mais que de repente, um núcleo de produção de filmes de longa-metragem, deixou de ser um símbolo de poluição para ser a Hollywood brasileira, sem qualquer tradição de cinema como a Salvador da Bahia tem. Disponibilizou só em 2008, vinte milhões de reais, dois e meio por cento do orçamento municipal para 20 filmes que lá foram rodados naquele ano. Em 2009 muitos dos sucessos do cinema nacional foram ali rodados. Em 2010 outros longas continuam a serem rodados lá.
Para os filmes que são rodados no município, o percentual de contribuição, depende apenas do percentual de cenas rodadas no local e vai até 100% do orçamento de cada filme.
Brasilianas que tem 100% de suas cenas a serem rodadas em Salvador, mais exatamente no Largo do Carmo, ainda não conta com um centavo sequer, nem do Estado nem do Município.
Mesmo assim, filmes de longa-metragem de boa qualidade, mas não competitivos, pela pobreza orçamentária, como: Três Histórias da Bahia, com produção de Moisés Augusto e direção de Edyala Yglesias, Sérgio Machado e José Araripe, foram produzidos.
Da nova safra temos os longas-metragens Eu me lembro de Edgard Navarro, Esses moços de José Araripe, Cascalho de Tuna Espinheira e o recente Pau Brasil de Fernando Belens. Outros estão sendo concluídos com a ajuda de recursos externos, como O Jardim das Folhas Sagradas, de Pola Ribeiro.
Dentre estes trabalhos salientamos também os pontuais médias-metragens O Superoutro de Edgard Navarro, A Lenda do Pai Inácio de Póla Ribeiro, Anil de Fernando Belens e mais recentemente, No Coração de Shirley, produzido e dirigido por Edyala Yglesias, todos produzidos com apoio da Sani Filmes.
Eu estou voltando ao longa-metragem depois de mais de 800 documentários realizados, com o filme Brasilianas, uma comédia de costumes ambientada nos dias atuais, mas com sentimentos de 50 anos atrás, onde no espaço mágico de 24 horas, pode-se notar o quanto perdemos de honestidade, sinceridade e solidariedade, ao longo desses anos.
Brasilianas, são fragmentos “divertidos” da vida brasileira. Transita pelas verdades do comportamento humano no Brasil e fora dele, sem distanciar-se da realidade nordestina, onde o Brasil tem cara de mais Brasil, mesmo sem o recurso do sotaque autenticador.
E nós cineastas baianos, que um dia ajudamos a reformular, usando recursos próprios, a cara e a coragem do cinema brasileiro, temos certeza de que dias melhores virão para o cinema daqui, para os nossos cineastas e para o próprio orgulho do povo da Bahia. Essa gente miscigenada, alegre e sábia, que por isto mesmo, tem idéias universais.
E é falando em idéias universais, que defendo para as circunstâncias atuais um cinema brasileiro, com mais otimismo temático nos nossos roteiros. Um cinema menos explorador das nossas mazelas sociais, como obrigação única, como se somente nós, brasileiros, a alimentássemos. Afinal o Brasil precisa sorrir ...o mundo precisa sorrir, para respirar melhor. Afinal, repito, não são os pessimistas que constroem um mundo melhor. Parece que, para o cineasta brasileiro, o otimismo temático é um pecado mortal.
O cinema nasceu entretenimento e precisa continuar sendo também entretenimento. O cinema brasileiro, precisa do cinema brasileiro, para sobreviver e o otimismo temático pode ser um eficiente caminho.
E, para não apenas chorar os insucessos de nosso cinema empobrecido pela indiferença oficial de muito anos,vale recordar, que na Rússia gelada de sempre, depois de lutar na Guerra da Criméia, Leon Tolstoi iniciou sua carreira literária inspirando-se nas experiências do que vira e sentira durante sua vida militar e nas andanças pela Europa do após guerra.
Em 1910, aos 82 anos, abandonou a sua casa no campo, em companhia de sua médica e de sua filha mais nova, em busca da paz, em um lugar onde pudesse sentir-se mais perto de Deus.
Em novembro do mesmo ano, morre de pneumonia na Estação Ferroviária de Astapovo, na Província de Riazam.
Enquanto isto, nos trópicos baianos do quase ontem, no continente sul-americano, Glauber Rocha, Roberto Pires, Agnaldo Siri Azevedo, Olney São Paulo, José Teles de Magalhães, Vitor Diniz, Fernando Coni Campos, laureados cineastas baianos, não tiveram a mesma sorte. Não chegaram como Tolstoi, aos 82 anos, morreram ainda jovens.
Todos, com o mesmo sonho cinematográfico, de cantarem ao máximo a sua aldeia.
E eu, Oscar Santana, um dos remanescentes desse punhado de jovens obstinados, crentes, de que sua terra é o melhor lugar do mundo para se conviver e recriar, em nome deles e no meu próprio, apelo em alta voz: Senhores Governantes, Senhores Legisladores, Senhores Empresários, baianos ou não, salvem o que resta da competência e do entusiasmo do velho e do novo cinema baiano, ao menos 50 anos depois, e nos permitam cantar mais alto a nossa aldeia, para torná-la cada vez mais universal."
Oscar Santana (Cineasta)
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