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11 setembro 2005

Blake Edwards, o grande comediógrafo do cinema, recebe, com mais de 80 anos, em 2004, um Oscar pelo conjunto de sua obra.

Revisão de Blake Edwards

A revista eletrônica Contracampo (http://www.contracampo.com.br) de número 74, que se encontra no ar, faz uma revisão crítica de alguns filmes importantes de Blake Edwards, que considero um dos maiores comediógrafos que o cinema já teve. Há pouco tempo, Edwards ganhou um Oscar pelo conjunto de sua obra e, para recebê-lo, já com mais de 80 anos, adentrou o palco da cerimônica numa cadeira de rodas em louca disparada como se fosse num de seus brilhantes trabalhos. Recomendo uma análise em particular (não que as outros não sejam boas, mas que o objeto dessa análise é de um filme pelo qual tenho particular afeto: Victor e Victória, que acho, inclusive, a última grande comédia do cinema, pois depois não se fez mais nada a altura): a de Gilberto Silva Jr sobre a comédia musicada, com ingredientes de vaudeville, slapstick, boulevard, a já citada Victor e Victória. O mesmo Gilberto ainda comenta outros dois filmes de Edwards: Anáguas à bordo e Mulher nota 10. José Roberto Rocha vê Bonequinha de luxo (Breakfast at Tiffany's), que é uma delicatessen, enquanto Ruy Gardnier dá uma idéia bem lúcida do cinema edwardiano através da análise de A corrida do século (The great race). O vigoroso drama sobre o alcoolismo, Vício maldito, com Jack Lemmon e Lee Remick, é visto por Sérgio Alpendre, e Felipe Furtado dá a dimensão da importância do cineasta para a comédia cinematográfica. E Luis Carlos Oliveira passa seu olhar sobre Um convidado bem trapalhão (The party), que também considero um primor, uma das maiores manifestações da verve cômica no cinema, com interpretação inexcedível de Peter Sellers, que, com Edwards, se imortalizaria na pele do aloprado Inspetor Clouseau.