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08 novembro 2008

A morte do jornalismo cultural


Não há dúvida da decadência imensa do jornalismo contemporâneo, da regressão que se abateu sobre a imprensa, principalmente no jornalismo cultural. Sou do tempo em que lia o Quarto Caderno do Correio da Manhã, quando, na redação deste, pontificavam, como num Petit Trianon, homens e sábios como Otto Maria Carpeaux, Antonio Houaiss, Cony, Moacyr Werneck de Castro, Paulo Francis, entre outros. A entrevista que Sérgio Augusto concedeu ao site Digestivo Cultural é leitura obrigatória e que bem reflete o caos da chamada contemporaneidade. Está neste link: http://www.digestivocultural.com/entrevistas/entrevista.asp?codigo=10


Leio Sérgio Augusto (companheiro de geração do saudoso Paulo Perdigão) desde os tempos em que escrevia no Jornal do Brasil, fazendo parte do Conselho de Cinema, que se reunia toda sexta para criticar determinado filme da semana (naquele época toda semana tinha um filme a respeitar), e que era composto (salvo omissão da memória) por Alex Viany, Alberto Shatovsky, Ely Azeredo (por onde anda este, que, na época, era detestado pelos cinemanovistas, mas que tinha um estilo surpreendente), José Carlos Avellar (o antípoda de Ely em visão de mundo e visão de cinema), Valério Andrade, Sérgio Augusto, José Wolff, Ronald F. Monteiro, entre outros que posso ter esquecido assim no momento em que digito este post.


Sérgio Augusto depois foi para O Pasquim em sua época de ouro. Tem artigos (melhor dizendo: ensaios) espalhados pelas melhores revistas e jornais brasileiros. Escreveu recentemente As penas do ofício (que já mandei buscar na Livraria Cultura via internet), há alguns anos, Lado B, e entre muitos outros, tem um livro essencial sobre a chanchada brasileira: Este mundo é um pandeiro.

A leitura da entrevista é algo que não se deve perder
A foto é do jornalista Sérgio Augusto.

05 novembro 2008

Foto histórica

O artista plástico Ângelo Roberto, um casal de amigos, o velho Tuna Espinheira e Yarinha com o legendário cineasta Luiz Paulinho dos Santos (camisa e barba brancas, casaco azul claro), num encontro histórico durante a última Jornada Internacional de Cinema, que aconteceu em setembro. Paulinho, para quem não sabe, é autor de um curta pioneiro e célebre, da Bahia, Um dia na rampa, e quem concebe Barravento e o começa a dirigir, em 1959, na praia de Buraquinho, perto da de Itapoã, em Salvador, quando, de repente, é demitido pelos produtores, assumindo a direção Glauber Rocha, que reescreve o roteiro com José Telles de Magalhães e muda a concepção da obra cinematográfica. Filme sobre pescadores explorados pelo proprietário da rede, e a desmistificação de suas crenças por um ex-pescador que, de volta da cidade grande, tenta derrubar mitos arraigados para implantar e conscientizar os explorados à rebeldia. Glauber considera, neste filme, o candomblé como o ópio do povo enquanto a concepção de Paulino é de respeito à religião, embora proponha uma mudança mística, enquanto Glauber tenta provocar uma mudança social. O velho Tuna, sente-te pela foto, está contente com o registro do encontro. E mais contente ainda com o lançamento no Multiplex do já consagrado Cascalho, seu primeiro longa metragem.
Luiz Paulino dos Santos vive hoje em comunidade afastado da sociedade de consumo. Com a morte de Rui Polanah, alguém sugeriu que o apartamento deste, point de artistas, open house para todos os amigos, ficasse com Luiz Paulino. Mas este logo retrucou, conta-se, dizendo: "O que vou fazer num apartamento numa cidade grande?"
Clique na foto para vê-la em bom tamanho.

03 novembro 2008

"Dagoberto vai ao paraíso"

O cinema baiano está a produzir aqui e ali, pois, quinta que vem, às 20 horas, no Cinema do Museu, sessão especial de Dagoberto vai ao paraíso, um curta filmado em 35mm de autoria de Raul Moreira. A julgar pela proposta do autor, o filme promete, considerando-se uma certa non chalance na sua personalidade. E o filme não deixa de se constituir num reflexo do seu autor. Ou não? O fato é que, porém, não se pode dizer nada dele sem o ter visto primeiro. Assim, que se espere a quinta para saber o que Dagoberto vai fazer no tal paraíso, um paraíso raulmoreiriano.

"Tocaia no asfalto", de Roberto Pires

Já que se está a falar de coisas cinematográficas da Bahia, com o lançamento prestigiado de Cascalho, de Tuna Espinheira, e os capítulos do seriado Como nasce o cinema baiano, dominical por natureza, que se veja aqui um thriller importante feito naquela época do chamado Ciclo Baiano de Cinema.

Thriller
genuinamente baiano realizado em 1962, que aborda o relacionamento dos políticos com a criminalidade e as idiossincrasias de personalidade de um pistoleiro de aluguel, Tocaia no asfalto, de Roberto Pires, produzido logo após A grande feira, é um filme que pode ser visto em dois planos: no plano de sua narrativa e no plano de sua fábula (história). No primeiro, destaca-se sobremaneira a artesania de Pires, o domínio pelo qual articula os elementos da linguagem cinematográfica em função da explicitação temática. Seu trabalho, nesse particular, é de ourivesaria e, aqui, em Tocaia no asfalto, tem-se um exemplo onde a narrativa suplanta a fábula, ainda que os dois planos sempre devam ser observados em processo de simbiose.

Realizado em plena efervescência do chamado Ciclo Baiano de Cinema - 1959-1963, Tocaia no asfalto, atesta o seu vigor e a sua atualidade temática. Duas seqüências podem ser consideradas antológicas e das melhores do cinema brasileiro: a tentativa de assassinato frustrada na Igreja de São Francisco, e a do cemitério do Campo Santo. Pires demonstra o seu apuro, o seu sentido de cinema, o timing raro, um faro, por assim dizer, para ’pensar’ cinematograficamente o estabelecimento da mise-en-scène como fator de impacto e de emoção.

Ainda que uma obra formatada nos moldes de uma linguagem clássica -o que não lhe tira de modo nenhum a qualidade, que se fundamenta na chave narrativa da progressão dramática griffithiana, há, no entanto, uma seqüência que, sem se ter medo de errar, poder-se-ia chamá-la de eisensteiniana. É aquela na qual Roberto Ferreira tenta se ver livre dos presos num caminhão e tenta intimidá-los com um revólver, ocasionando uma fuga em pleno movimento do veículo, quando vem a morrer o irmão do personagem interpretado por Agildo Ribeiro. A rapidez, com que são expostos os rostos embrutecidos dos pobres diabos que estão no caminhão, tem um ritmo que se assemelha a um touch buscado na concepção de montagem de Sergei Eisenstein. Esta seqüência é um flash-back, quando Agildo Ribeiro, dançando, sente-se mal e começa a ter pesadelos retroativos.

Assim, Tocaia no asfalto se sobressai pela narrativa impactante que está a serviço do argumento, mas que predomina sobre este. Que versa sobre um pistoleiro contratado para matar um político corrupto (Milton Gaúcho), que, chegando do interior, vai morar num prostíbulo e se apaixona por uma mulher (Arassary de Oliveira). Enquanto isso, um jovem político bem intencionado (Geraldo D’El Rey) pretende instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar as falcatruas do grupo do político que está na mira do assassino. Mas as reviravoltas do argumento determinam uma contra-ordem e o pistoleiro, na iminência de matar, é avisado que não mais precisa cumprir o trabalho. Apesar de um matador profissional, tem, porém, seus códigos de honra e prefere ir até o fim naquilo para o qual fora incumbido.

Tocaia no asfalto se desenrola em dois ambientes: o ambiente burguês da casa do político, abrangendo as festas, os colóquios e o namoro de sua filha (Angela Bonatti) com o jovem e promissor parlamentar, e o ambiente pobre do prostíbulo comandado com mão de ferro por Jurema Penna e, no qual, o pistoleiro é hospedado, vindo a conhecer uma prostituta pela qual se apaixona. A latere, alguns personagens, como o policial interpretado por Adriano Lisboa, que circula entre os dois ambientes, Antonio Pitanga, outro matador, contratado, desta vez, para matar o outro. Pires, em alguns momentos, através da montagem paralela, tenta mostrar os acontecimentos em perspectiva de simultaneísmo, quando, por exemplo, Agildo e Arassary conversam no Farol de Itapoã.

Notável realizador, Roberto Pires, responsável pelo primeiro longa feito aqui, Redenção (1956-59), pelo seu extremado domínio formal da linguagem, poderia ter ido longe se trabalhasse no exterior, mas as injunções mercadológicas de um cinema caótico, como o brasileiro, determinaram-lhe, por vezes, um recesso forçado. Mas filmes como A grande feira e Tocaia no asfalto bastam para se ter um cineasta.

Não se pode deixar de registrar a funcionalidade da partitura de Remo Usai – que soa como um grito trágico na seqüência final do trem, o bom argumento de Rex Schindler – também produtor, associado a David Singer, e a fotografia de Hélio Silva. E uma pergunta que não se quer calar: por que, com todos os recursos existentes hoje, o cinema baiano não consegue fazer algo parecido com Tocaia no asfalto?

Tocaia no Asfalto, de Roberto Pires

Ficção/ 35 mm/ 120 min/ 1962/ P&B

Sinopse: A vida e a psicologia dos assassinos de aluguel no Nordeste. A trama do filme se desenrola em Salvador e gira em torno de um político jovem e idealista que os adversários se esforçam por eliminar. Agildo Ribeiro, deixando de lado o humor, adota postura como o matador, vítima da consciência e do emblemático círculo fatal que o envolve, ao lado de Arassary de Oliveira, a namorada.

Direção: Roberto Pires
Argumento: Rex Schindler
Roteiro e Montagem: Roberto Pires
Fotografia: Hélio Silva
Música: Remo Usai
Cenografia: José Teixeira de Araújo
Produtor Executivo: Glauber Rocha
Diretor de Produção: Carlos Lima
Assistente de Direção: Orlando Senna
Assistente de Produção: Carlos Nicolino de Leo
Assistente de Câmera: José Airton
Som: Walter Webb
Fotografia de Cena: Ugo Pedreira
Maquinista-Chefe: Gerolamo Brino
Produção: Rex Schindler, David Singer e Iglu Filmes
Elenco: Agildo Ribeiro, Othon Bastos, Geraldo del Rey, Arassary de Oliveira, Adriano Lisboa, Ângela Bonatti, David Singer, Jurema Pena, Antônio Sampaio, Roberto Ferreira, Maria Anita, Hélio Rodrigues, Milton Gaúcho, Maria Lígia, , Silvio Lamenha, Gerolamo Brino, Cléo Meireles, Leonor Barros, Sonia Noronha.

02 novembro 2008

Vejam o trailer de "Cascalho"

Não costumo, aqui, no Setaro's Blog, colocar imagens oriundas do You Tube ou de qualquer outra procedência, porque, para isso, tenho um outro blog, Momentos da arte do filme (http://setaroandreolivieri.blogspot.com/). Mas vou abrir uma exceção por causa de Cascalho, de Tuna Espinheira, que é filme baiano da gema. Vejam o seu trailer!


Como nasce o cinema baiano (3)



A crítica cinematográfica existente na Bahia na década de 60, com algumas exceções, apoia e dá força aos filmes que estão a ser realizados. Não somente a crítica em si, mas a imprensa de um modo geral com as inúmeras reportagens, entrevistas e as colunas assinadas. O ensaísta Walter da Silveira é o exemplo maior desse apoio, dessa relação crítica e praxis. Sobre não ter uma coluna fixa nos jornais, Walter da Silveira, no entanto, publica sempre textos copiosos e substanciosos nos suplementos culturais dos matutinos e vespertinos da cidade, além de comandar o seu Clube de Cinema da Bahia, com a exibição semanal de filmes selecionados. É informante e formador na função de explicar a arte do filme aos espectadores de uma província tranquila e reveladora - completamente diferente, nesta época, da balbúrdia que azucrina os soteropolitanos menos afeitos ao consumo desenfreado e a carnavalização existencial.

O capítulo de hoje de Como nasce o cinema baiano é sobre a crítica que tem muito a ver com o advento da cinematografia da terra onde primeiro aportou Thomé de Souza para, aqui, exercer a primeira governança no Brasil.

A considerar que o texto está a ser batido na hora, há sempre o perigo de alguma omissão. A memória, ainda que já fraca, é a propulsora do que se está a ler. E, nesta recordação, vale ressaltar que, em 1958, surge, na imprensa baiana, para mudá-la, um jornal progressista que reúne a elite intelectual da província: o Jornal da Bahia. Nesta época, circa segunda metade dos anos 50, existem quatro jornais diários na cidade: A Tarde, de Simões Filho (morto em 1954 é dirigido pelo jornalista Jorge Calmon), Jornal da Bahia, de João Falcão, O Estado da Bahia e o Diário de Notícias, ambos do condomínio regido por Assis Chateaubriand.

Glauber Rocha é convidado para escrever diariamente um coluna de cinema no Jornal da Bahia. Seus escritos são compilados em O século no cinema. De sua tribuna, procura escrever textos e críticas sobre os filmes que vê na cidade, a estimular sempre o cinema brasileiro e baiano. É célebre a sua apologia a Bahia de Todos os Santos, que Trigueirinho Neto, vindo de São Paulo, realiza em Salvador. O lançamento do filme faz aparecer críticas negativas, mas Rocha o defende com unhas e dentes. No seu estudo sociológico sobre o cinema brasileiro, Brasil em tempo de cinema, Jean-Claude Bernardet analisa a obra de Trigueirinho, que, apesar de suas deficiências estruturais, representa um ponto de vista sobre a realidade social na procura de uma problematização temática, ainda que frustrada.

Glauber Rocha é um crítico atento e, por vezes, generoso, mas, de repente, polêmico, a fazer frente a outros excelentes jornalistas que possuem colunas no Jornal da Bahia, a exemplo de João Ubaldo Ribeiro, cuja estréia na imprensa se dá neste vibrante matutino. No Diário de Notícias quem assina a sua coluna de cinema é Hamilton Correia, colaborador também de Walter da Silveira no Clube de Cinema da Bahia. Vale ressaltar que, numa conversa recente com Hamilton, este disse que, antes de Glauber ter a coluna no Jornal da Bahia, o futuro realizador de Deus e o diabo na terra do sol, publica os seus primeiros escritos no suplemento que Hamilton edita no Diário de Notícias.

José Augusto Berbert de Castro, que morre neste 2008, com uma trajetória de mais de 40 anos no colunismo cinematográfico, é o comentarista de A Tarde. Apaixonado pelo cinema americano, principalmente pela sua época de ouro (e quem não o é?), Berbert, como é chamado, também incentiva o cinema baiano, com suas notas e entrevistas.

Crê-se que quem escreve em O Estado da Bahia é Milton Chagas e, de vez em quando, José Olymphio da Rocha. Na Rádio Excelsior, pontifica, com sua voz grave, Lourival Oliveira, com seu programa semanal Falando de cinema e sem fazer fita, que é divido em vários quadros: os comentários dos filmes da semana, trilhas sonoras, respostas às perguntas dos ouvintes, etc. Lourival, que trabalha hoje no Irdeb, conta-me que tem todas as perguntas e, entre elas, uma do punho deste bloguista. Pretende publicar um livro com o material que guarda, a sete chaves, de Falando de cinema e sem fazer fita. Hamilton Correia escreve para um programa de rádio, mas não o apresenta. Há, e a memória se faz aqui presente com mais intensidade, no programa de Lourival, toda semana, sorteios que oferecem entradas para as salas exibidoras. O bloguista, uma vez, é sorteado, e porque ainda um menino, vai buscar o seu ingresso em mãos. E conhece o legendário Lourival Oliveira, mas este não liga para o garoto apaixonado pelas coisas do cinema. Somente mais tarde, já com coluna em jornal da cidade (Tribuna da Bahia) é que vem a conhecer Lourival e com ele travar relações. Para não esquecer: o crítico radiofônico, nos anos 70, apresenta um programa de cinema na Tv Aratu num programa vespertino dirigido por Teresa Fernandez.

Orlando Senna é outro crítico que publica artigos na imprensa baiana, algumas vezes sob o pseudônimo de Fausto Ferreira. Chega a assinar uma coluna dominical do jornal I.C. Shopping News. Com a ida de Glauber para o Rio, ou mesmo antes, quando se entrega de corpo e alma às filmagens de seu primeiro longa, Barravento (1959/1962), José Gorender assume a sua coluna no Jornal da Bahia sob o pseudônimo de Jeronimo de Almeida. Se José Augusto Berbert de Castro é mais cronista dos filmes, Almeida exerce o que se costuma chamar de crítica cinematográfica até que, com o advento do cruel Ato Institucional número 5 (13 de dezembro de 1968), Gorender (irmão de Jacob), comunista de boa cepa, é perseguido, sendo substituído, na coluna, por José Umberto, então um vestibulando de cineasta com alguns curtas na bagagem (Perâmbulo, O doce amargo, este em parceria com André Luiz de Oliveira, Vôo interrompido, que segundo Álvaro Guimarães é o primeiro filme realmente marginal do cinema baiano - aliás, um capítulo dessas memórias é dedicado ao Surto Underground Baiano, que se dá na segunda metade dos anos 60, findo o Ciclo.

Em outubro de 1969, surge um novo jornal, a Tribuna da Bahia (no qual o bloguista tem uma coluna desde agosto de 1974), e Walter da Silveira é chamado por Quintino de Carvalho, o redator-chefe, para organizar um conselho de cinema nos moldes do Jornal do Brasil e do Correio da Manhã.

A Tribuna da Bahia, primeiro jornal baiano impresso em offset (um processo
planográfico cuja essência consiste em repulsão entre água e gordura (tinta gordurosa). O nome off-set - fora do lugar - vem do fato da impressão ser indireta, ou seja, a tinta passa por um cilindro intermediário, antes de atingir a superfície), é um sucesso e revoluciona a imprensa da terra (poucos anos depois A Tarde, por causa da sua concorrência, vê-se obrigado a adotar o offset já que tem uma impressão antiquada), tem uma diagramação original, com fotos imensas, revelando-se numa novidade.

Walter da Silveira convida alguns jovens que fazem o seu curso de cinema da UFBa para que tomem parte do conselho de cinema. Os único veteranos, além do comandante, são Hamilton Correira e Guido Araújo (que volta há poucos anos de sua jornada na Tchecoslováquia, onde passa quase dez anos). Os outros se iniciam na crítica cinematográfica: Geraldo Machado, Jairo Faria Goes, José Umberto (que concilia a coluna no Jornal da Bahia com a da Tribuna, mas a adotar, nesta, o pseudônimo de Freire Dias). Com a morte de Walter da Silveira, o conselho se desintegra, restando apenas, duas ou três vezes por semana, Guido Araújo.

Cada integrante do conselho tem uma coluna por semana, e às sextas, como faz o Jornal do Brasil, um filme lançado é escolhido para, página inteira, ser analisado por todos os seus membros.

Mas se chega a um ponto adiantado no propósito desse seriado. Basta por hoje e bom domingo a todos que tiveram a paciência de ler estas mal traçadas.