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12 janeiro 2008
A Tortura do Medo

Mas, pensando bem...

As maiores interpretações masculinas do cinema

Christian Bale - em "The Machinist" O MAQUINISTA (Brad Anderson - 2004)Edward Norton - em "Primal Fear" AS DUAS FACES DE UM CRIME (Gregory Hoblit - 1996)
11 janeiro 2008
Do Canal Brasil

Porque tenho assinatura da Net, vejo sempre o Canal Brasil, que exibe muitos filmes brasileiros importantes. O Canal Brasil, no entanto, já foi melhor, assim como a rede Telecine, que, ao alvorecer do ano 2000 tinha, por exemplo, o Classic, que chegou a passar uma retrospectiva de Lubtisch de importância fundamental. Foi a primeira vez que vi Ladrões de alcova (Strangers on paradise), que é uma obra-prima e de um amoralismo surpreendente, porque realizado antes do surgimento do malfadado Código Hays. O Canal Brasil, nesta época, passava muitos filmes do Cinema Novo, as grandes chanchadas, entre outras raridades. Mas atualmente, em função do maldito mercado, privilegia o clipe musical o qual é apresentado por várias horas seguidas. Há, evidente, uma preocupação em relação ao mercado e, para obter mais sucesso, o canal foi buscar programas mais chamativos, a diminuir, com isso, a qualidade. Quantidade em detrimento da qualidade. O fillet mignon do canal, exceção se faça aos filmes brasileiros, é a programação que se situa no horário nobre, sempre às 21 horas e 30 minutos de segunda a sexta. Exceção destes horários, ainda que possa omitir algum outro bom programa, há Letras Brasileiras, com Roberto Menescal e Oswaldo Montenegro, É Tudo Verdade, Retratos Brasileiros, Estúdio 66, de Roberto Silveira, e o Cine-Jornal, com a simpática e cada vez mais profissional Simone (esqueci agora seu sobrenome: Ziggolato, algo assim, Espelho, de Lázaro Ramos, etc.Entre os programas da faixa nobre os destaques vão para Tarja Preta, de Selton Mello (sexta), Todos os homens do mundo, de Domingos de Oliveira (quarta), Espelho (segunda), e Sem Frescura, de Paulo César Pereio. Tarja Preta já se firmou pela tônica do humor e o seu apresentador sabe conduzir uma entrevista, a extrair dela informações importantes e dar o ar de sua graça. Além do bloco de entrevista, sempre uma conversa bem humorada, os sketchs de humor, o uso da partitura musical. Já o programa de Domingos de Oliveira (agora se assina Domingos Oliveira, mas, antes, tinha o "de") substituiu um outro dele, Todas as mulheres do mundo, título do filme que o consagrou. Neste d'agora é Priscilla Rozembaum, sua mulher, a condutora, embora o marido sempre apareça e é o narrador que descreve o entrevistado. Domingos tem muito talento, um humor constante, e o resultado sempre se encontra acima da média.
Paulo César Pereio é uma lenda do cinema brasileiro, principalmente do Cinema Novo. Já mais velho, desde alguns anos conduz Sem Frescura. Mas, apesar da figura do apresentador, displicente, com ar de quem não está interessado no que diz o entrevistado, há um descuido muito grande na sua dicção. Fala de um modo que não se entende direito o que está a dizer, e isto incomoda muito a quem se encontra vendo o programa. Quando intérprete, nos filmes, tinha boa voz, mas agora, tal a displicência, fala como se estivesse já tomado umas e outras numa mesa de bar. E seus entrevistados nem sempre são pessoas interessantes.
Há um outro programa, que me lembrei agora, que sofre também de problemas: Retalhão, que é apresentado por Zéu Britto. Como o nome já diz, é um colcha de retalhos (cantos gerais, clipes ruins, e o apresentador em cada programa num determinado lugar). Zéu Britto precisa, e urgentemente, parar de dar aquelas gargalhadas que além de não serem engraçadas sempre estão a incomodar o espectador.
No mais, vida longa ao Canal Brasil.
10 janeiro 2008
Vertigo

09 janeiro 2008
Preparador de elenco. O que é isso?

08 janeiro 2008
Condução para site precioso de Hitchcock
O ano entrante me pegou fora da Bahia, numa viagem sentimental à procura de um certo tempo perdido que não vem ao caso fazer referência no post, pois a ninguém interessa, mas somente a seu autor. O fato é que, na volta deste giro quase existencial, que é, de qualquer maneira uma viagem, deparo-me com um site espetacular, um grande presente para todos aqueles que gostam do cinema de Alfred Hitchcock. E quem, de sã consciência, pode não gostar deste gênio da sétima arte, um inventor de fórmulas, um fabulador excepcional, artista de gênio, construtor da linguagem cinematográfica? O que seria do cinema se não existisse Alfred Hitchcock?Sei não, mas, com certeza, o cinema seria muito mais pobre. A contribuição de Hitchcock para a evolução da linguagem cinematográfica são favas contadas. E há, nos seus filmes, um homos hitchcockinianus, o que conduz à percepção de que o mestre é um autor de filmes. Os franceses tiveram uma grande capacidade perceptiva quando, à parte o exagero da Teoria do Autor, perceberam, em cineastas considerados meros artistas do entretenimento, autores na exata acepção da palavra, como Hitch e Howard Hawks (aliás, se fosse fazer uma lista com os meus filmes preferidos colocaria Hatari! (em O desprezo [Le mépris], de Godard, há um momento em que Bardot, a bela, parada numa rua, tem, por trás, um grande cartaz deste filme inesquecível) deste último, como um dos maiores). Não se pode negar, sob pena de visão deformada, que assim como nas obras de Hitch, nas de Hawks, e nas de outros que foram tidos como diretores de divertissements, um homos hawkinianus.
