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05 maio 2008

Furdunço no cinema baiano

O jornal baiano A Tarde publicou, hoje, em página inteira do seu segundo caderno, uma reportagem sobre os problemas enfrentados pelos cineastas baianos. Acontece que a Fundação Cultural do Estado da Bahia promove concursos de roteiros através de editais com o propósito de incentivar a produção de filmes. No momento está em vias de publicar novos editais, mas acontece que os roteiros premiados nos últimos concursos, cujos filmes deveriam já estar prontos e acabados, ainda estão a penar pela finalização. Há um longa, Pau Brasil, de Fernando Belens, e dois curtas, um de Lázaro Faria, outro de Joel de Almeiida, que se encontram pendentes.
Atento e vigilante, o respeitado Tuna Espinheira, diretor do longa Cascalho, baseado no romance homônimo de Herberto Salles, leu a matéria com certa indignação pelo fundurço existente. Porque, na sua opinião, tudo deve estar transparente e às claras. Não posso opinar porque não tenho dados suficientes, e se é um fundurço é coisa complicada. Mas publico, aqui, neste blog, a mensagem que Espinheira mandou para A Tarde sobre o mesmo fundurço. A fotografia que ilustra este post, antes de dar alguma luz à questão, oferece apenas uma perspectiva: a de se beber colorido diante de tal fundurço. Vejam o que o velho Tuna escreveu:
"Toda a capa do Caderno 2, deste prestigioso Jornal, com direito a fotografias em cores, (dia 5/5/2008), saiu dedicada ao cinema baiano. Noticia desacertos e tropeços na área, infelizmente com embasamento. O teor da matéria, baseada em fatos verdadeiramente acontecidos, mostra uma relação de não cumprimento de prazos contratuais, entre Editais do Governo e produtores, realizadores, prata da casa. Como um dos viventes deste meio da sétima arte, sei perfeitamente do perigo que ronda à combalida resistencia do fazer cinema nestas bandas. Conheço de perto, na carne, no coração e mente, as agruras que significa filmar por aqui. Também conheço a sanha dos "espiritos de porco", dos "pálidos coveiros", sempre prontos a brandir a pá de cal sobre este seguimento da cultura baiana. Triste Bahia!

Acho que tudo deva ser apurado, conversado, nada pra debaixo do tapete. Principalmente, tenho certeza, a questão será resolvida. Os cineastas baianos não usam cartões corporativos. Todos poderão dar conta das diculdades que atravessam."
Tuna Espinheira
tunaespinheira@terra.com.br

3 comentários:

Cassiano Mendes disse...

Fundurço desgraçado, este, como gosta de dizer Tuna Espinheira.

Anônimo disse...

Na real, cansada desse chororô.
Acredito que falta planejamento e competência. Os processos são embolados e vez ou outra aparece um fuxico de produção. Eu torço pelo sucesso das obras mas desconfio daqueles que colocam o marketing (pessoal) à frente de tudo ( do próprio filme). Prefiro o trabalho das formigas.

abraços

Jonga Olivieri disse...

E o cinema baiano, quem diria, acabou... assim?