Roubei esta bela imagem em preto e branco de Ingmar Bergman, que a Implacável o levou em meados deste ano que ora se finda, do excelente blog Sela de Prata, de Marcos A. Felipe. Torço para que não seja processado.
Mas na internet o roubo de imagens é coisa institucionalizada, sem, entrar, com esta afirmação, em juízo de valor.
Outro grande que partiu foi Michelangelo Antonioni. Mas quem morre perto dos 90, assim creio, viveu bem e morreu bem. Feliz estarei se passar dos 70. Todo homem tem que morrer um dia. Paulo Autran, por exemplo, o nosso grande artista do proscênio, fumou tudo o que quis e, mesmo assim, terminou seus dias aos 85. Lembro-me que uma vez, no Roda Viva, convidado, aceitou com uma condição: fumar seu cigarinho durante a entrevista. Na semana anterior, tinha sido entrevistada Maria da Conceição Tavares, que ficou nervosa porque não podia fumar. E disse isso no ar. Mas Autran, e fez muito bem, impôs logo a sua condição de fumante. Não estou a fazer, aqui, apologia ao tabaco, mas detesto, abomino mesmo, a psicose antitabagista que se espalhou pelo mundo. Quem fuma deve ter a sua liberdade respeitada. E merda (no sentido chulo) para os politicamente corretos! E outra merde (mas esta no sentido francês de sucesso para os atores que entram no palco e, neste caso aqui, o palco de 2008).
6 comentários:
Setaro, faço um contraponto e registro também no obituário 2007 as mortes de Gordon Scott e Reg Park, dois ídolos das matinês dos 60. Ambos encarnaram por diversas vezes os personagens Hércules e Maciste em vários "espada & sandálias" produzidos em Cinecitá.
Gordon Scott povoou a minha adolescência com os pseudo-históricos italianos e como Tarzan no cinema americano: "Tarzan e a tribo nagasu", "Tarzan, o magnífico", "A grande aventura de Tarzan", entre outros. Era um perfeito canastrão, como se dizia antigamente, mas funcionava na imaginação juvenil. E agradava. Veio a substituir, se não me engano, Lex Baxter, que depois viria a trabalhar com Fellini em 'La dolce vitta'.Depois de Scott, como Tarzan, ne pele deste esteve Jock Mahoney em "Tarzan vai à Índia" e Dennis Miller em "Tarzan e não-sei-o-quê". Era a completa decadência da série. Miller apareceu em 'Um convidado bem trapalhão' ('The party', 1969), de Blake Edwards, com interpretação inecexdível de Peter Selles, como um abobalhado americano grandão, ator de seriado americano de índio, que trava com Selles uma tremenda confusão.
Setaro, lembrei também que Kerwin
Matthews foi outro que morreu em novembro 2007. Ele fez As Aventuras de Gulliver(1960) filme bem interessante com música de Bernard Hermann e, salvo engano, efeitos especiais do mago Ray Harryhausen. Fez ainda Simbad e a princesa(1958), Piratas do rio sangrento(1962) e Jack, o matador de gigantes(1962). Ví todos.
Em tempo: parte da trilha musical de Tarzan e a tribo Nagazu Rogério Sganzerla tomou emprestada e colocou no Bandido da Luz Vermelha( é uma citação, assim como os gibis que aparecem nas mãos de Paulo Villaça, desse tipo de comunicação de massa, indústria cultural etc.)
Kerwin Matthews, lembro-me bem. Vi todos os citados. E acrescentaria 'A espada mágica'.
Obrigado por este maravilhoso post.Admiring o tempo e esforço que colocou em seu blog e informações detalhadas que você oferece.
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