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20 fevereiro 2009

Entrevista com Carlos Manga: segunda parte

A entrevista é do excelente programa Sintonia, da TV Câmera, que Inimá Simões apresenta, neste canal, toda semana, geralmente com nomes respeitáveis do espectro cultural e político do Brasil. Carlos Manga pode ser considerado o mais competente diretor das chanchadas cariocas, e dois de seus filmes são antológicos: O homem do sputnick (1959) e De vento em popa (1957), para não falar em Nem Sansão nem Dalila ou Matar ou morrer. No primeiro, segunda metade da década de 50, um sputnick cai no galinheiro de Oscarito, e um jornalista, Cyl Farney, revelando o fato, provoca uma polvorosa entre algumas nações. Há momentos inesquecíveis, entre os quais, a imitação que Normal Bengell faz de Brigitte Bardot diante de um Oscarito literalmente estupefato.Considero O homem do sputnick um dos grandes filmes do cinema brasileiro em todos os tempos. Manga faz paródia do american way of life, e Jô Soares, em seu primeiro papel no cinema, como um americano cheio de tiques, está ótimo. O filme tem timing, malícia, é um espetáculo engraçado e bom de se ver.

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