Último dia do ano. O papel da folhinha na parede já está a querer se despegar. Mas não há nada a seguir, porque, com ele, a folhinha termina a sua missão, que foi a de informar todos os dias do ano. Finda a enquete sobre os diretores italianos, começo logo outra, desta vez sobre as divas da mesma cinematografia, deusas maravilhosas que nos proporcionaram êxtase e prazer, prazer e êxtase - não necessariamente nessa ordem. Mas a foto que deixo aqui é de Brigitte Bardot, minha musa, que, não tendo tido a oportunidade de tê-la, fiquei frustrado a vida inteira. Mas a vida é assim mesmo. Alguns podem tudo, outros não podem nada. A felicidade não existe e o homem a busca incessantemente. Parece que o móvel da existência é esta busca utópica pela felicidade.
O ano de 2009 não vai ser fácil. A crise apenas está a mostrar a ponta do iceberg. Segundo um desses cientistas políticos que sempre aparecem na televisão, o brasileiro vai sofrer em 2009. Logo nos primeiros meses do ano vindouro, desemprego em massa, aumentos vertiginosos, entre outras maldades do sistema perverso de economia de mercado não devidamente regulado pelo estado. O neo-liberalismo mostrou ter sido uma desgraça, pois o mercado entrou num ritmo carnavalesco, num vale-tudo completo, farreou-se com o dinheiro alheio, e, em consequência (não existe, felizmente, mais o trema), surgiram as temíveis bolhas que estouraram. Mas ainda existe gente que não sabe da crise, que anda ansiosa pelos shoppings para consumir, consumir, consumir o próprio ego e a própria mente.
Mas o que tem a bela Brigitte Bardot com tudo isso? Nada, absolutamente nada. Encontra-se a cuidar de seus animais em seu recanto, velha, enrugada, mostrando, no rosto, as marcas do tempo, que é implacável. Nunca fez plástica, nunca quis ficar esticada. Por mais que a mulher faça plástica, seu interior, e falo do interior físico, entra, a partir dos 40 (sim, já a partir dos 40) em processo de degenerescência. Hoje, por outro lado, e mudando de alho para bugalho, é dia de se tomar umas e outras. Umas para esquecer as desgraças acontecidas (e comigo aconteceram muitas). Outras para sonhar com perspectivas risonhas no embalo etílico. Hoje não vou ao cinema nem vou ver filme em DVD ou televisão a cabo. Vou beber o que tenho direito. E, se possível, TODAS.
10 comentários:
Num documentário que vi recentemente num desses canais pagos, BB disse que deu sua beleza aos homens e agora dá sua inteligência aos animais. Sei não, mas acho que, neste caso, os homens sairam no lucro.
Esqueci de por o nome no post acima. Sorry
Ai Brigitte! Mas, ai Sophia, ai tantas outras. O cinema foi o maior criador de divas e musas do mundo moderno.
A nova enquete, juro que vou demorar uns dias para me definir. Tenho que esperar o lado etílico das festas para poder pensar com mais lucidez. São todas (ou quase todas) muito muito!
Quanto a mulheres, olha caro professor: galinha velha é que dá bom caldo.
A carne nova é excitante. Tudo ali no seu lugar. Tinha um amigo que dizia: "Quer saber se o peito está no lugar? Coloque um lápis embaixo dele, se cair, tá tudo bem". Mas, eu que sou coroa sei o quanto vale a experiência de uma senhora mulher!
O que vc tem (tinha) contra o trema? ;)
André, querido, tou de passagem só para lhe desejar um super 2009.
Acredite, o ano há de ser melhor do que as previsões sombrias dos economistas. E se não for - ora, se não for, ainda teremos os filmes, os amigos... e as "umas e outras" (ou "todas" no seu caso - rs) para beber de vez em quando. ;)
Beijo enorme!!
Boas risadas, bons goles, mestre. E muita cacetada nessa mixórdia que nos atrapalha os dias. Abr. (carlos)
Ferdinand Zecca foi um realizador cinematográfico do início do século XX que filmou, acho que pela primeira vez, uma vida de Cristo. George Sadoul gosta muito de citá-lo.
Excedi-me neste final de ano. Mas de hoje em diante vou entrar em recesso etílico. No momento, curto uma forte ressaca e, ontem, 'virado' o ano, dei uma queda cinematográfica e estou cheio de manchas roxas, inclusive no olho esquerdo, que parece ter sido atingido por um soco firme e violento de John Wayne.
Obrigado pela informação sobre Zecca (que não é como eu havia escrito). Devo ter lido em Sadoul, mas quando o li ainda estava aí pela Bahia durante o meu recesso... lembra-se?
Quanto aos excessos, sei que não sou exemplo nenhum (e detesto dar conselhos), mas se cuida um pouco. Dê um tempo... Sua saúde merece.
setaro,
desejo-lhe e aos seus um 2009 em cinemascope!
GLAUBER GUIMARÃES
Realmente o tempo foi implacável com Brigitte. Tomei um susto quando vi uma de suas fotos recentes. Feliz foi Greta Garbo que se eternizou jovem em nossa memória. E a princesa Grace Kelly, vencida pela fatalidade. Bom, nem sei se isso é felicidade. hehehe..
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