O cartaz atual de Alfred Hitchcock segundo a revista Vanity Fair cujo link para acessar se encontra no post abaixo. A foto original é a do mestre com a claquete de Psicose (Psycho, 1960). No desastrado remake de Gus Van Sant deste filme, uma das maiores complicações está na questão do tom dos personagens, que se adaptaram à gestualística da malfadada contemporaneidade. No filme de Hitch, havia elegância, postura, um tom particular.
Um comentário:
O blog é ótimo, as analises técnicas são edificantes, porém fica meu humilde protesto quanto a "malfadada comtemporaneidade".
Ver tamanho desprezo pela "malfadada comtemporaneidade" torna-se macante quando a constância vem desacompanhada de argumentos para fulcrar a intolerância, armada somente pela nostalgia de ecos do passado. Psicose 1998 não é ruim pela contaminação da comtemporaneidade, mas sim pela sua falta de qualidades ou talvez pelo excesso de qualidades do original.
Quanto a comtenporaneidade não me parece tão ruim quando olho o exemplo passado de estado novo ou guerra fria, na verdade tudo continua tão ruim quanto antes, melhora-se aqui, perde-se ali e sigamos em frente.
Continuamos todos em nossa realidade ciclica onde os mais velhos tomam o papel dos que já se foram. Sempre há filmes, livros, relatos, de todos os tempos, em todas as épocas, onde os mais velhos passam seus dias a reclamar da juventude degenerada que toma conta de tudo, os mais novos olham o legado e tapam seus ouvidos, até terem idade para retrebuir todos os coselhos amargurados e nostalgicos aos mais novos.
Afinal, será que em seu tempo nunca lhe disseram que os livros já não valem nada, os filmes são péssimos e a música é só barulho, tudo isso me parece esse mesmo blá blá blá.
Defeitos sempre vão haver, e os há hoje tantos quanto havia antes, outros, mas em mesma quantidade, agora não ver qualidades em nada do presente me parece ser tão absurdo quanto aqueles que gostam de tudo somente para se mostrarem atualizados para esconder a idade.
Alias, vi uma pesquisa há alguns anos que dizia que o homem deixa de gostar de novas coisas aos 35 anos. Essa pesquisa se referia a gosto musical mas me parece ser pertinente a várias coisas.
Por óbvio se tem que há muito o que aprender com o passado, e também com os, por assim dizer, mais velhos, porém, não significa que o passado foi perfeito nem que o presente está perdido, afinal, os maiores problemas para o futuro são resolver hoje os grande problemas deixados pelo passado, ou Israel e Palestina é um problema novo? Ou o Ira na Irlanda, ou talvez o ódio entre chineses e japoneses, e etc, etc... Sem contar que ainda há muitos problemas para se criar e conciliar com os já existentes.
É impossível viver hoje em dia senão na comtemporaneidade, por isso o mais agradável deve ser aprender a ver também suas qualidades além de somente usar a lembrança e apontar todos os presentes defeitos que há. Ou alguém já esperava pela internet em 1950?
Esse desprezo me parece mais uma tentativa de tentar reviver os dias de juventude do que de melhorar o que se vive hoje.
Por fim e sem querer me alongar mais que fique bem claro, eu adoro o blog.
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