Blow up, de Michelangelo Antonioni, que tomou, aqui no Brasil, o esquisito nome de Depois daquele beijo, foi um impacto para quem o viu, como este bloguista, no ano de seu lançamento, 1967 - o filme é de 66, mas, em Salvador a estréia se deu neste ano. David Hemmings, que faz o fotógrafo, virou um astro de uma hora para outra, apesar de já atuar há alguns anos. Hemmings, que ilustra este post numa tomada de Blow up, teve vida curta, porém, pois em 2003 um enfarte fulminante o matou com 62 anos. Antonioni mandou pintar vários quarteirões de Londres para destacar a cor em termos de funcionalidade dramática. Há muito da cultura da pop arte na indumentária, na cenografia, e o filme reflete bem a cultura da década prodigiosa dos 60. Para o bloguista de plantão, o maior momento de Blow up é quando Hemmings começa a revelar as fotografias e as coloca nas paredes de seu estúdio. O som é muito bem aplicado, pois o que se ouve são os ruídos do papel, da máquina de revelação, dos passos de Hemings, etc. Uma sinfonia de ruídos em função da descoberta, pelo personagem, de um suposto assassinato. Um êxtase, portanto.
Gostaria de avisar a todos aqueles que pretendem se inscrever na Oficina de Introdução ao Cinema que me enviem um e-mail (setaro@uol.com.br).
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05 setembro 2007
E, de repente..."Blow up"
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2 comentários:
Ontem mesmo, por razões adversas ao próprio filme, estava a me lembrar de Blow up. Conversava com o meu filme e a Ví, após o jantar (aquela melhor hora para um papo em família) aquando, sei lá por que cargas d'água a conversa rolou para traduções de filmes. Daí eu caí de pau porque me lembrei de cara de "High Noon" (sempre me lembro de cara dessa) que aqui passou como "Matar ou morrer"(???) e além mar como "E o comboio apitou três vezes".
Daí me recordei de um redator que trabalhou comigo durante muitos anos, o Carlinhos Chagas (nada a ver com o jornalista, nem o sanitarista), que era muito engraçado, e, entre outras, sacou essa de que as traduções eram ao ‘pé-da-letra’ sim senhor! Por exemplo: "Blow Up". "Blow" é "depois daquele" e "up" é "beijo"...
Agora, independente do 'recuerdo' que não deixa de ser a propósito é um'" puta"' dum filme, uma obra prima no emprego da cor, como você bem o disse no seu texto ao lado. Brilhante Antonioni, inesquecível Antonioni... imortal Michelangelo Antonioni! Tinha que ser Michelangelo...
Esqueci de falar de David Hemmings, um ator inglês, que, geralmente são bons. Tinha até um crítico (não me recordo o nome) que dizia que, "na pior das hipóteses os atores ingleses são corretos" (sic).
Hemmings, que por sinal trabalhou em "Barbarella"; e foi também diretor de vários filmes, tendo se iniciado nesta área em 1972.
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