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07 agosto 2007

Curtas e rápidas






Há mulheres e mulheres, como, aliás, tudo na vida. Existem algumas atrizes que me atrairam sobremaneira e, entre elas, excetuando-se Brigitte Bardot, primus inter pares, vale citar Ingrid Thulin, Catherine Spaak, Claudia Cardinale, entre outras. Das suecas do falecido Bergman, a mais apetitosa no sentido gastronômico é Ingrid Thulin, seguida, de perto, por Gunnel Lindblom, aliás as principais atrizes de O silêncio. O elenco feminino de Bergman é algo mágico de beleza e sensualidade e, realmente, custa a crer, como observou Jonga Olivieri, que as suecas possam ser chamadas de frias. Frias coisa nenhuma, elas são quentes, e como já dizia o título português de um filme de Billy Wilder, quanto mais quentes melhores as fêmeas. Mas recebo um comentário que me indica uma matéria no The New York Time sobre a minha cara Brigitte Bardot. Não poderia deixar de recomendar e dar, aqui, o seu endereço eletrônico: http://www.nytimes.com/2007/08/07/movies/homevideo/07dvd.html?_r=1&oref=slogin

Mas Catherine Spaak, que curtia muito quando jovem, deve estar uma velha. Vou dar uma olhada no Imdb para constatar a sua idade, se já parou de fazer cinema, se, até, já não morreu. Spaak, magra, filha de um roteirista belga, era uma mulher muito interessante. Entre muitos filmes que trabalhou, destacam-se O incrível exército de Brancaleone, Aquele que sabe viver, o famoso Il sorpasso, de Dino Risi. O outro é de Mario Monicelli, cineasta italiano que ainda está na ativa, apesar de seus noventa e tantos anos, beirando ao centenário. Segundo li alhures, está a terminar um filme. Claro, não foi um dos gênios do cinema italiano, não foi um Visconti, um Fellini, um Antonioni, mas Monicelli tem obras notáveis, diria mesmo imprescindíveis, humanas, sinceras, gratas (Os companheiros), cínicas (Parente é serpente), satíricas (Brancaleone). Analista de costumes da sociedade italiana (Pais e filhos, entre tantos), tem um filme particularmente sensacional, uma comédia extraordinária, que é Os eternos desconhecidos (I soliti ignoti) feito lá pelos meados dos anos 50 como uma espécie de resposta cômica a Rififi, de Jules Dassin, que, por coincidência, revi recentemente e é um grande filme, um grande film noir. Mas fiquemos por aqui por hoje.

4 comentários:

Jonga Olivieri disse...

André, voltando ao charme de Ingrid, a Thulin; ela tem uma boca sensacional. Simplesmente carne no sentido mais luxuriante da palavra. Sempre tive por ela uma atração irresistível.
Agora, a B.B, daqueles bons tempos era um bom-bom... Uf!!!
Mas, se ficarmos falando de mulheres no cinema, cada uma tem a sua particularidade, Desde o generoso colo de Anita Eckberg (ou La Loren), ao olhar misterioso de Kim Novak.
Bom, deixa pra lá. Isso é papo pra muito, mas muito chope...

André Setaro disse...

Um papo interminável porque a lista das divas da sétima arte é extensa desde que Francesca Bertini era uma 'vamp' do cinema mudo. Octávio de Farias escreveu uma série de artigos sobre 'as divas do cinema' na antiga revista Cinelândia. Apesar de uma publicação noticiosa e fofoqueira (quem se lembra de 'Por trás da tela', com Zenaide Andréia - será que ainda vive esta senhora?, 'Inconfidência de Cinelândia', com perguntas do tipo 'Quantas vezes Elizabeth Taylor se casou?', entre muitas outras secções). houve um tempo no qual o acadêmico e intelectual Octávio de Faria mandava textos para a revista. Octávio gostava e entendia muitíssimo de cinema. Pertencia ao Chaplin Clube. Era um homem erudito e não muito celebrado pelo seu porte aristocrata, que se confundia com 'homem de direita', embora fosse, na verdade, um livre pensador.

Lia muito Cinelândia e Filmelândia e ainda hoje tenho um álbum de figurinhas 'Ídolos da tela'. Coisa de um passado, lembranças da infância, da juventude, de tempos idos, de uma época em que se ia ao cinema todo santo dia.

André Setaro disse...

Que 'mulherada', a de Bergman. Todas muito apetitosas, mas, concordo com Jonga, a mais de todas é a 'carnuda' Ingrid Thulin (já mais velha, o plano em que aparece nua em 'Gritos e sussurros' é deslumbrante). Mas havia Harriet Anderson, outra Anderson, a Bibi, Liv Ullmann, Gunnel Lindblom, Eva Dahlbeck, etc, etc. Bergman, para usar um termo bíblico e para não cair, aqui neste blog, em linguagem chula, 'conheceu' todas elas. Que bom viver assim, realizar o que realizou, e ainda morrer aos 89 anos. Isto é que é vida.
Já Antonioni, entre outras que não sei, teve Monica Vitti, uma mulher em seu sentido pleno de beleza, sensualidade e inteligência. Lembrei-me dela em 'Modesty Blaise', de Joseph Losey.

Julio disse...

Setaro:
A propósito de Harriet Anderson, vi uma breve citação a sua pessoa no blog de Inácio Araújo, no post sobre Bergman. A propósito das divas, cabe não esquecer da bela Anna Karina, musa godardiana.