Na foto, que acompanha esta postagem, vê-se, em 1971, Ingmar Bergman, ainda em plena forma, com uma cativante Liv Ullmann. Conta a lenda que o autor de O sétimo selo ficou decepcionado com a ida de Ullmann para Hollywood, onde trabalhou como atriz em Horizonte perdido, musical anacrônico que, por sua vez, era um remake de um outro filme dirigido por Capra. A lenda conta que Bergman chegou a ir a Nova York para estar presente na avant-première de Horizonte perdido. Amargurado com o que viu, vagou pelos bares da cidade querida de Woody Allen até a madrugada, quando, caindo de bêbado, foi dormir num hotel. Acontece que Ullmann era uma atriz de filmes sem importância e foi Bergman quem realmente a conscientizou da importância da arte do filme e da de atriz. Ullmann, posteriormente, viria a escrever alguns livros, e dirigir filme pelo menos dignos com roteiros preparados pelo próprio Bergman, que foi casado com ela por vários anos. A Folha de S.Paulo de ontem, domingo, traz o seu caderno cultural, o Mais!, todo dedicado a Bergman e a Antonioni. A foto registra um intervalo das filmagens de Gritos e sussurros, um dos grandes filmes do sueco, e que, quando aqui passou, na Bahia, levou quase dez semanas em cartaz no extinto cinema Bristol. Era o auge da bergmania. Um professor de filosofia, apaixonado pelas obras e pelo pensamento de Bergman, cujo nome não posso dizer, viu Gritos e sussurros várias vezes, e ajoelhado, lembro-me bem porque presenciei o fanatismo. E chegou a tirar fotografias, quando, naquela época, era muito difícil se tirar fotos das imagens de um filme, pois não existia recursos para isso.
2 comentários:
Linda de morrer por sinal!
Aliás, o realizador sempre escolheu mulheres fantásticas para seus filmes. Como Ingrid Thulin, uaaauuu, uma das mais belas espécimes do gênero feminino.
E essa de dizer que sueca é "fria", caspt!
Já estou com muitas saudades de Bergman...mas não podemos nada contra a morte, infelizmente. Procurei alguma matéria especial sobre ele nos jornais, mas não achei. Saiu alguma nota sobre o cineasta, por aqui?
Marcele.
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