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30 agosto 2012

Mais Athayde

Carlos Alberto Vaz de Athayde pintava com a luz de sua câmera Paillard Bolex, que seu pai lhe trouxera da Suíça. Sempre de paletó e gravata, uma vez o acompanhei para uma filmagem na praia. Todos os membros da equipe, feitas as rodagens necessárias, tomaram banho de mar, mas Athayde, sentado numa barraca, com sua quentinha cheia de cafezinho, ainda que convidado, recusou-se a tirar o paletó. Como relatam os testemunhos de Kabá, José Umberto e Tuna Espinheira, publicados ontem, Athayde foi um grande incentivador dos cineastas baianos. Morreu pobre e esquecido em 1990. É hora de algum evento baiano de natureza cinematográfica instituir um prêmio com o seu nome. A nova geração, da qual tomei o pulso, não o conhece nem de nome. 

Um comentário:

Jonga Olivieri disse...

O detalhe do terno e gravata eu me lembro como se tivesse sido ontem.
Quanto a valorizar a sua memória memorável, dou o maior apoio, apesar da distância geográfica.