Como é belo o cinemascope quando bem usado! Na imagem, um plano de O desprezo (Le mépris, 1963), de Jean-Luc Godard, que foi exibido semana passada, durante a mostra dedicada ao realizador pelo V Seminário de Cinema e Audiovisual, na sua integridade espacial. Em Le mépris, que reputo um dos melhores filmes do cineasta, Godard reflete sobre o processo de criação cinematográfica e, principalmente, sobre o tempo e o espaço. A imagem mostra Michel Piccoli chegando ao terraço, quando encontra, de bruços e com um livro aberto nas nádegas, a bela e eterna Brigitte Bardot. O desprezo já saiu em DVD em cópia boa, mas nada como o ver em tela de cinema, na bitola 35mm, como foi feito.
3 comentários:
Dos quinze filmes da retrospectiva dos quais assisti doze,Infelizmente para mim ( Hélas pour Moi, 1993), Para sempre Mozart ( For ever Mozart, 1996) e História(s) do cinema (Histoire(s) du Cinema, 1988/1998)deveriam, pela complexidade e exigência de referências, voltarem em forma de cursos e debates específicos. Chamou-me atenção a cidade futurista de Godard, Alphaville, 1965. Aliás, para cada gosto um Godard, sempre Godard.
Caro Setaro, o ciemascope é e sempre será um fetiche dos cinéfilos.Um abraço, Armando.
Os cinéfilos mais velhos devem se lembrar que as cortinas do cinema, exibidos os cinejornais e os trailers, quando na hora de começar o filme em cinemascope, abriam-mais. Todo um ritual que foi para a lata do lixo com o advento dos uniformes complexos de cinemas dos shoppings. Ir ao cinema era cumprir uma 'função'.
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