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12 novembro 2008

O parto mais insólito da história do cinema

Acontecimento inusitado aconteceu quinta passada quando da sessão especial de Dagoberto vai ao paraíso. O jornalista e vestibulando de cineasta Raul Moreira decidiu parir seu próprio filme e, para isso, vestiu-se, comme il faut, de noiva grávida e desgrenhada. Descendo a ladeira que dá acesso ao Cinema do Museu, no Corredor da Vitória, em absoluta nonchalance, ao chegar à entrada da sala exibidora, deitou-se para o trabalho de parto, ainda que algumas pessoas, preocupadas, achassem melhor que o nascimento fosse acompanhado de um médico obstetra. Uma alma caridosa, no entanto, ofereceu seus préstimos e o filme foi parido com dor e satisfação. Como se pode ver na foto que ilustra este post: a mamãe Raul Moreira vê o filho/filme ser retirado de sua, como dizer? barriga. Por não ser mulher, o parto foi cesariano. Uma pequena incisão na barriga, sangue por todos os lados, mas o filme saiu inteiriço e logo foi se alojar na cabine de projeção para ser exibido. A atitude de Raul Moreira deveria ser seguida por todos os cineastas brasileiros.

Dagoberto é um velho Chevette que, indo ser desmontado em ferro-velho, conta a história de seus antigos proprietários. E pensa que vai ao paraíso como aquela classe operária de um antigo filme de Elio Petri.

Cliquem na imagem para vê-la maior.

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