Se houve uma época em que o cinema italiano tinha uma galeria de monstros sagrados, verdadeiros gênios do cinema (Rossellini, Antonioni, Fellini, Visconti...), outros cineastas, que não se postavam em pé de igualdade com estes, eram, porém, também geniais, a exemplo de Dino Risi, que morreu ontem aos 91 anos de idade. O que resta, ainda, do cinema italiano neste momento de total decadência? Risi proporcionou momentos de intensa felicidade por se estar no cinema em filmes como Aquele que sabe viver (Il sorpasso), com Vittorio Gassman e Jean-Louis Trintgant, Vejo tudo nú (Vedo nudo), com Nino Manfredi, Nós, mulheres, somos assim, com a beleza da Monica Vitti, Fèrias à italiana (L'ombrellone), com Enrico Maria Salerno, entre muitos outros. Dino Risi era um verdadeiro mestre da comediografia. Não há, ninguém, no cinema italiano contemporâneo, que se lhe possa comparar. Mas já tinha passado dos 90 e foi chamado pela Implacável. Deve ter rido dela.
Um comentário:
Sem dúvida uma obra memorável a de Dino Risi, na comediografia (não só italiana, como mundial).
Gosto tanto de "Il sorpaso", que votei nele na sua enquete. Sem pestanejar, sem a menor sombra de dúvida.
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