Romero Azevedo, professor de cinema, crítico e cinéfilo, comunica-me a morte de Jules Dassin, o blogueiro ainda abatido com o passamento de Richard Widmark. Se, por um lado, a constatação de perdas, por outro a constatação de que os dois extintos se foram com mais de 90 anos, Dassin, realizador que tem importância, morreu de gripe, o que significa quase dizer: de velhice. Mas seu nome remete logo a Rififi chez les hommes, Aquele que deve morrer, Mercado de ladrões, Cidade nua, Brutalidade, entre outros. E Nunca aos domingos, grande sucesso, que ficou várias semanas em cartaz e sua música entrou pelos ouvidos de toda gente (há, inclusive, uma versão em português, que era muita cantada pelos jovens nos idos dos 60). É um cineasta a considerar. A pressa faz com que tire do UOL as informações que vão abaixo, ainda que todos os direitos destas sejam reservados. Na foto, Dassin com a atriz grega Melina Mercouri, que soube ser atraente numa determinada época e depois entrou na política, combatente que era, para representar seu povo - o que é difícil na deputança brasileira. O parlamentar deste Brasil entra no Congresso Nacional para representar seus próprios interesses e os interesses das empresas que patrocinam sua candidatura. Mas isto é outra história.
O cineasta americano Jules Dassin morreu nesta segunda-feira em Atenas aos 96 anos, em conseqüência de uma gripe, anunciaram fontes hospitalares.
O cineasta era casado com a atriz grega Melina Mercouri, juntos em foto de 1960
Mercouri faleceu em 1994, quando era ministra de cultura. Dassin, que tinha a saúde deteriorada nos últimos anos, morreu no hospital particular Ygeia, onde estava internado após uma fratura no quadril, afirmaram as fontes. Nascido em 18 de dezembro de 1911 em Middletown (Connecticut), Jules Dassin morava na capital grega desde 1959 com a esposa, a atriz grega Melina Mercuri. Teve uma longa carreira cinematográfica, em que abordou todos os gêneros da sétima arte, da crônica social do gênero "noir", destacando-se os filmes "Cidade Nua" (1948) e "Rififi" (1955), pelo qual venceu o prêmio de melhor direção em Cannes. Ator, diretor e produtor de cinema, realizou filmes nos EUA, Inglaterra, França e Grécia, com mensagem de esperança aos oprimidos. De uma família humilde, trabalhou como ator e diretor no teatro iídiche de Nova York até ingressar no cinema (1941) realizando vários filmes curtos. Fez sete longas-metragens para a Metro (1942-1945), dos quais os mais expressivos foram "O Fantasma de Canterville" (1944), com Charles Laughton e Robert Young, e "Uma Carta para Evie" (1945). Depois realizou dois clássicos: "Brutalidade" (1947), com Burt Lancaster e Hume Cronyn, e "Cidade Nua" (1948), com Barry Fitzgerald e Dorothy Hart. Vitima das perseguições políticas do maccarthysmo, exilou-se na Europa e recomeçou a carreira na Inglaterra com "Sombras do Mal" (1950), com Gene Tierney e Richard Widmark, na França com o grande sucesso "Rififi" (1955), com Jean Servais e Carl Möhner, prêmio de direção em Cannes. Também na França fez "Aquele Que Deve Morrer" (1956), com Maurice Ronet e Jean Servais, Prêmio César, o maior do cinema francês, e La Loi (1958), com Gina Lollobrigida e Marcello Mastroianni. Mudando-se para a Grécia dirigiu e produziu Pote Tin Kyriaki (1960) - em francês "Jamais le dimanche" e, no Brasil, "Nunca aos Domingos", Oscar de melhor atriz para sua mulher, Melina Mercouri, e de melhor canção.E ainda, "Profanação" (1962), com Melina Mercouri e Anthony Perkins, e "Topkapi" (1964), com Akim Tamiroff e Peter Ustinov. Ainda fizeram grandes sucesso comerciais "Up Tight!" (1968), com Raymond St Jacques e Ruby Dee, "La Promesse de l'aube" (1970), "A Dream of Passion" (1978), "Circle of Two" (1981) e "Rififi" (2000), do qual também foi o roteirista.Dassin participou ativamente na Grécia de manifestações contra a ditadura militar (1967-1974). Depois da morte da mulher, em 1994, recebeu a cidadania grega a título honorífico, e a partir desse momento dedicou a vida à construção do novo museu da Acrópolis e a lutar pela devolução dos frisos do Partenon, que estão em Londres. Dassin teve dois filhos: Julie e o popular cantor Joe Dassin, morto em 1980.
O cineasta era casado com a atriz grega Melina Mercouri, juntos em foto de 1960
Mercouri faleceu em 1994, quando era ministra de cultura. Dassin, que tinha a saúde deteriorada nos últimos anos, morreu no hospital particular Ygeia, onde estava internado após uma fratura no quadril, afirmaram as fontes. Nascido em 18 de dezembro de 1911 em Middletown (Connecticut), Jules Dassin morava na capital grega desde 1959 com a esposa, a atriz grega Melina Mercuri. Teve uma longa carreira cinematográfica, em que abordou todos os gêneros da sétima arte, da crônica social do gênero "noir", destacando-se os filmes "Cidade Nua" (1948) e "Rififi" (1955), pelo qual venceu o prêmio de melhor direção em Cannes. Ator, diretor e produtor de cinema, realizou filmes nos EUA, Inglaterra, França e Grécia, com mensagem de esperança aos oprimidos. De uma família humilde, trabalhou como ator e diretor no teatro iídiche de Nova York até ingressar no cinema (1941) realizando vários filmes curtos. Fez sete longas-metragens para a Metro (1942-1945), dos quais os mais expressivos foram "O Fantasma de Canterville" (1944), com Charles Laughton e Robert Young, e "Uma Carta para Evie" (1945). Depois realizou dois clássicos: "Brutalidade" (1947), com Burt Lancaster e Hume Cronyn, e "Cidade Nua" (1948), com Barry Fitzgerald e Dorothy Hart. Vitima das perseguições políticas do maccarthysmo, exilou-se na Europa e recomeçou a carreira na Inglaterra com "Sombras do Mal" (1950), com Gene Tierney e Richard Widmark, na França com o grande sucesso "Rififi" (1955), com Jean Servais e Carl Möhner, prêmio de direção em Cannes. Também na França fez "Aquele Que Deve Morrer" (1956), com Maurice Ronet e Jean Servais, Prêmio César, o maior do cinema francês, e La Loi (1958), com Gina Lollobrigida e Marcello Mastroianni. Mudando-se para a Grécia dirigiu e produziu Pote Tin Kyriaki (1960) - em francês "Jamais le dimanche" e, no Brasil, "Nunca aos Domingos", Oscar de melhor atriz para sua mulher, Melina Mercouri, e de melhor canção.E ainda, "Profanação" (1962), com Melina Mercouri e Anthony Perkins, e "Topkapi" (1964), com Akim Tamiroff e Peter Ustinov. Ainda fizeram grandes sucesso comerciais "Up Tight!" (1968), com Raymond St Jacques e Ruby Dee, "La Promesse de l'aube" (1970), "A Dream of Passion" (1978), "Circle of Two" (1981) e "Rififi" (2000), do qual também foi o roteirista.Dassin participou ativamente na Grécia de manifestações contra a ditadura militar (1967-1974). Depois da morte da mulher, em 1994, recebeu a cidadania grega a título honorífico, e a partir desse momento dedicou a vida à construção do novo museu da Acrópolis e a lutar pela devolução dos frisos do Partenon, que estão em Londres. Dassin teve dois filhos: Julie e o popular cantor Joe Dassin, morto em 1980.
Um comentário:
Outra perda, que, sem dúvida deixa saudades.
É o tal negócio. Tanto Dassin quanto Widmark, se foram em momentos que já haviam encerrado suas carreiras. Mas, sentimos sempre.
Diretores e atores que marcaram a nossa infância/juventude, levam um pouco de nós.
Quem não se lembra de "Rififi", o assalto mirabolante e perfeito? Ou "Nunca aos domingos", com a beleza de Melina Mercury?
Não sabia que "Brutalidade" era dele, mas é um filme do qual não me esqueço.
O que me dói é que a mídia não tem dado nenhuma (ou quase nenhuma) cobertura a estes óbitos. Não havia lido nada sobre a morte dele, assim como a de Widmark passou meio que em brancas nuvens.
Enquanto isso, o BBB é noticiado por todos os jornais na web. Mesmo sem assistir a porcaria do programa, a gente fica sabendo de tudo o que acontece naquela "casa"... Caspt!
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