Trama macabra (Family plot, 1976), último filme de Alfred Hitchcock, ainda que não uma obra na mesma platitude de seu período áureo, é um espetáculo atraente e divertido que não foi devidamente apreciado quando do seu lançamento. Há, inclusive, uma introdução de personagem que pode ser considerada uma mais belas do cinema: quando Karen Black aparece pela primeira vez. A magia e a varinha de condão do realizador se fazem presentes: Bruce Dern freia violentamente o seu carro para dar lugar à passagem de Black, que, deslumbrante, de óculos escuros, peruca loura, surge em cena. O roteiro é de um especialista: Ernest Lehman, o mesmo de Intriga internacional (North by northwest, 1959), uma das obras-primas do mestre. E a partitura do ainda novato John Williams é deslumbrante e atende às solicitações da trama. Um filme para rever e que se encontra em boa cópia em DVD. Notável a interpretação de Barbara Harris.
8 comentários:
Não é o melhor filme de Hitchcock, mas é um grande filme. Assisti recentemente no Corujão. Andou rolando um comentário na época em que ele dirigia o filme O Intérprete que o Sidney Pollack queria fazer um remake 9depois abafaram a história e ninguém mais tocou no assunto). Poderia ser uma refilmagem interessante se bem cuidada e nas mãos do diretor certo. Abraços do crítico da caverna cinematográfica.
Gosto bastante do filme e, em especial, da piscada de olho na cena final.
Setaro, espero que desconsidere este último comentário, já que eu não o escrevi. Deve ter sido algum covarde e engraçadinho, com senso de humor acima da merdia, que usou minha assinatura. coisas da Web, democrática por natureza, que reúne bons e maus internautas. Peço desculpas pela falta de educação das pessoas que carecem desta virtude. Inté mais.
Sou obrigado a ativar a verificação das palavras, a considerar as bobajadas escritas aqui nos comentários.
Pondé, aquele que assina inté, e que se admite melhor que a ralé, mas nao passa de um lé-com-cré.
O último filme de Hitchcock é desinteressante se o formos comparar com obras-primas como "Vertigo" ou "Psico". Mas tem humor, é muito irónico e brincalhão. Desiludiu-me muito quando o vi pela primeira vez. Mas acho que vou gostando mais dele com o passar do tempo.
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