Muito da revolução na linguagem ocorrida nos anos 50 se deve aos talentos emergentes do cinema americano da década de 50, como Robert Aldrich (A morte num beijo), Stanley Kubrick (A morte passou por perto, O grande golpe), e, entre outros, evidentemente, como Nicholas Ray, Samuel Fuller, Donald Siegel ou, simplesmente, Don Siegel. Acabei de ver Vampiros de almas (Invasion of the body snatchers, 1955) no Telecine Cult, filme eletrizante, de impacto. A mise-en-scène de Siegel (a quem Clint Eastwood, confessadamente, afirmou ser seu mestre, juntamente com Sergio Leone), toda pontuada pela partitura musical, dá o tom do estilo de representação daquela época dentro de uma fórmula de filme B. Pena que os responsáveis pelos telecines tenham colocado Vampiros de almas na abominável tela cheia (full screen), considerando que originariamente foi filmado em Superscope com lente anamórfica.
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