O cineasta baiano Edgard Navarro, que foi o grande vencedor do Festival de Brasília -para muitos o mais importante do Brasil, começou a ser atraído pela praxis cinematográfica em meados do decurso dos anos 70, quando do boom superoitista. Neste momento, filma Alice no país das mil novilhas, o polêmico O rei do cagaço, dando início à sua carreira cujo ponto culminante é Eu me lembro. Navarro passou por várias bitolas (Super 8, VHC, 16mm, 35mm). Em vídeo, tem um trabalho muito interessante sobre o cinema baiano: Talento demais. O que se espera, agora, depois do triunfo, é que Eu me lembro consiga uma forte distribuição e possa, assim, ser visto nas principais capitais brasileiras.
Um comentário:
Revi, ontem, no Canal Brasil, na homenagem prestada a Edgard Navarro, "Talento Demais", vídeo cujo roteiro fora premiado pela Fundação Cultural do Estado, e que revisita, com graça e a espirituosidade característica do cineasta, um pouco da história do cinema baiano. O humor percorre toda a obra. Interessante que o personagem de "Meteorango Kid", o mesmo Lula décadas depois, reaparece na cruz, como no filme antigo, e serve como uma espécie de 'leitmotiv' para o desenrolar da narrativa. "Talento Demais" tem o 'non chalance' navarriano e, creio, é um dos trabalhos mais desconhecidos do realizador de "Eu me lembro", que será exibido em sessão especial para os baianos na segunda vindoura no Aeroclube.
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